Primeiro-ministro garante que próximo ano vai continuar a ser de descongelamento das carreiras.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou, esta segunda-feira, “extemporâneo” colocar a questão sobre aumentos da função pública em 2019, sublinhando, apenas, que, no próximo ano, continuará a política de descongelamento das carreiras.
António Costa falava aos jornalistas no final da sessão de abertura do seminário dos cônsules honorários na Fundação do Oriente, em Lisboa.
“Há um bocado a mania em Portugal de se discutirem fora do tempo cada uma das matérias e este Governo respeita o princípio da negociação coletiva em geral e com a função pública em particular”, reagiu o líder do executivo.
Para António Costa, a seu tempo o Governo “olhará para o orçamento do Estado” para 2019, sendo “extemporâneo colocar-se em abril de 2018” a questão de um aumento dos salários da função pública no próximo ano.
“A seu tempo haveremos de negociar o que houver a negociar relativamente 2019 e creio que em abril de 2019 é manifestamente extemporâneo estarmos neste momento a refletir sobre essa matéria. Creio que se há coisa que ninguém pode acusar este Governo é de ter tido uma atitude negativa com o funcionalismo público”, disse.
De acordo com António Costa, nesta legislatura, em relação à função pública, o Governo eliminou a totalidade dos cortes de vencimentos, “salvo aos titulares de cargos políticos”.
“E avançou-se também com o descongelamento das carreiras, que está este ano a ocorrer. Desde o início desta legislatura, os funcionários públicos têm aumentado o seu rendimento disponível e assim continuará para o ano, quanto mais não seja com a continuação do processo de descongelamento das carreiras”, sustentou.
Em relação a eventuais outros ganhos, como aumentos de salários, o líder do executivo respondeu: “Logo veremos, na altura própria.”
“Não vale a pena discutir já o que na altura deve ser discutido”, acrescentou.