O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta segunda-feira novos dados sobre a esperança média de vida, que permitem confirmar que a idade da reforma vai baixar pela primeira vez em 2023, para 66 anos e quatro meses.
Segundo a informação hoje divulgada, estima-se um recuo de 0,35 pontos na esperança de vida aos 65 anos, para 19,35 anos, fazendo com que a idade da reforma desça também.
“A esperança de vida aos 65 anos, no período 2019-2021, foi estimada em 19,35 anos para o total da população”, revela o INE, adiantando que “aos 65 anos, os homens podiam esperar viver 17,38 anos e as mulheres 20,80 anos”.
Isto “correspondeu a uma redução de, respetivamente, 4,6 e 3,7 meses relativamente a 2018-2020. Nos últimos dez anos, a esperança de vida aos 65 anos aumentou 5,5 meses para os homens e 7,2 meses para as mulheres”, sublinha.
Assim, confirma-se o fator de sustentabilidade a aplicar este ano (um corte de 14,06% em grande parte da pensões antecipadas) e a inédita redução da idade da reforma em três meses, para 2023.
Esperança de vida à nascença
“No triénio 2019-2021, a esperança de vida à nascença foi estimada em 80,72 anos, sendo 77,67 anos para os homens e 83,37 anos para as mulheres”, revela ainda o INE no mesmo relatório.
Os dados, adianta, “representam, relativamente a 2018-2020, uma diminuição de cerca de 4,8 meses para os homens e de 3,6 meses para as mulheres, em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia da doença COVID-19”.
“No espaço de uma década, verificou-se um aumento de 14,0 meses de vida para o total da população, de 14,4 meses para os homens e de 11,3 meses para as mulheres”, acrescenta.
O INE refere ainda que “enquanto nas mulheres esse aumento resultou sobretudo da redução na mortalidade em idades iguais ou superiores a 60 anos, nos homens o acréscimo continuou a ser maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos”.