Associação Académica da Universidade do Minho procura concessão que garanta melhores condições e segurança para os estudantes
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) está à procura de um novo parceiro para reabrir o emblemático Bar Académico de Braga, encerrado há vários meses por decisão da reitoria. O espaço, situado na rua D. Pedro V, é há décadas um ponto de encontro privilegiado para os estudantes da academia minhota, especialmente nas noites de terça, quarta e sábado.
Apesar de se encontrar a mais de um quilómetro do campus de Gualtar, o Bar Académico é considerado um local de convívio essencial para a vida estudantil. O modelo de gestão em vigor era o de concessão, mas a direção da AAUMinho, liderada por Luís Guedes, pretende agora encontrar um novo parceiro que respeite integralmente o contrato e o regulamento do espaço, cuja frequência deve ser exclusiva para estudantes.
Em declarações à Rádio Universitária do Minho (RUM), no programa Campus Verbal, Luís Guedes confirmou que a intenção de reabrir o bar já foi comunicada à Universidade do Minho, ao Município de Braga e à PSP. “Efetivamente, as condições do Bar Académico são tristes e gostaríamos de proceder à reabertura do bar com uma nova exploração ainda este semestre”, afirmou, sublinhando a necessidade de investimentos para tornar o espaço “mais digno” e funcional.
O edifício onde se localiza o bar está visivelmente degradado, embora continue a ser utilizado pela direção da AAUMinho, pelos seus serviços e por grupos culturais. Apenas a área correspondente ao Bar Académico permanece encerrada.
Enquanto decorrem os procedimentos para a construção da nova sede da AAUMinho no interior do campus de Gualtar — que incluirá também um novo Bar Académico — a direção pretende garantir que os estudantes possam usufruir de um espaço noturno com programação dedicada, reforçando o sentimento de segurança e proximidade à comunidade académica.
Luís Guedes esclareceu ainda que a AAUMinho espera receber até 15 de setembro o parecer final da Universidade do Minho sobre o anteprojeto da nova sede. O passo seguinte será a elaboração do projeto de execução, seguida da definição do caderno de encargos, processo que deverá prolongar-se por cerca de cinco meses.
A associação dispõe atualmente de um fundo de cerca de dois milhões de euros, acumulado ao longo de duas décadas por sucessivas direções e parceiros, para investir na nova Casa do Estudante. A procura ativa de parceiros e financiadores será intensificada nos próximos meses, com especial enfoque em empresas da região.
A mudança na equipa reitoral, prevista para o final de outubro, poderá trazer um novo posicionamento institucional sobre este projeto, embora a construção da nova sede no campus de Gualtar esteja já assegurada.































