Número elevado de atropelamentos em várias avenidas de Braga.

Todas as passagens aéreas para peões que existem no concelho de Braga vão ser eliminadas, nos próximos meses. A garantia é do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, que entende que aquelas infraestruturas são “inestéticas, prejudiciais à privacidade dos moradores dos prédios” e, sobretudo, “não têm sido usadas pela maioria das pessoas”, o que tem resultado em múltiplos atropelamentos.

De acordo com os últimos relatórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no ano passado Braga registou 17 atropelamentos graves, o mesmo número que em 2016. Os pontos mais negros foram a Avenida Imaculada Conceição, junto à rotunda Santos da Cunha, em Maximinos, e a Avenida João Paulo II, em S. Victor, perto do complexo desportivo da Rodovia, ambas com pontes pedonais para travessia de peões.

“As passagens aéreas não são boa solução. A maioria das pessoas não as usa e acabamos por não ter uma passagem condigna para os peões”, considera Ricardo Rio, sublinhando que as alternativas deverão passar pela sobrelevação das passadeiras ou passadeiras inteligentes, além de semáforos e outras medidas de acalmia do trânsito. Além disso, o autarca pondera avançar com a ativação dos radares que estão espalhados pelas principais avenidas de acesso à cidade, que atualmente só servem de alerta para as velocidades excessivas dos condutores. “Estamos a aguardar pelo estudo sobre a mobilidade. Mas a continuar a realidade com que nos temos confrontado, não está posta de lado a hipótese de colocar radares com sanções”, frisa o autarca.

Da parte dos peões, as medidas são acolhidas com entusiasmo. Larissa Semenova, de 70 anos, mora perto da Avenida João Paulo II e atesta que a passagem aérea “não é utilizada pelos idosos”. António Guimarães, outro bracarense, assume o excesso de velocidade: “Toda a gente abusa. Por isso, concordo com os radares”.

26 atropelamentos

A GNR registou, entre janeiro e setembro deste ano, 26 atropelamentos no distrito de Braga, na sua área de influência, ou seja, fora dos centros urbanos. Foi menos um caso que no ano passado.

17 vítimas

Os atropelamentos ocorridos este ano no distrito, registados pela GNR, resultaram em 17 vítimas, uma delas com ferimentos graves. O ano passado duas pessoas morreram.

IN JORNAL DE NOTICIAS