Estudante de psicologia terá confessado crime às autoridades. Corpo da vítima, que estava dada como desaparecida, ainda não foi encontrado.
Rúben Couto, o jovem de 25 anos suspeito de ter morto a estudante de psicologia Beatriz Lebre, de 23, atirando depois o corpo ao rio Tejo, está internado no Hospital de São José, com ferimentos considerados graves em ambos os braços.
O suspeito terá confessado o homicídio, ontem, às autoridades e adiantado que enterrou o corpo da vítima junto ao rio Tejo.
Algumas horas depois, já noite, o estudante levou os inspetores à localização do corpo e foi detido por crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Contudo, as autoridades ainda não terão encontrado o corpo.
Em causa, estará uma relação obsessiva e um crime motivado por ciúmes. Saliente-se que a TVI24 indicava que vítima e suspeito seriam namorados, mas a Polícia Judiciária, em comunicado entretanto enviado às redações, refere-se a uma colega, mais detalhando que o homicídio terá acontecido no dia 22 de maio.
A jovem foi dada como desaparecida pela família, numa esquadra da PSP. Mas como o desaparecimento de uma pessoa maior de idade não é crime, pois existe sempre a hipótese de este ter ocorrido voluntariamente, o desaparecimento só começou a ser investigado depois de a PJ ter conhecimento do caso e face a indícios entretanto recolhidos.
A partir daí, o principal suspeito passou a ser estudante de Psicologia, que, interrogado ontem e confrontado com vestígios e outros indícios já apurados pelas autoridades, acabou por confessar o crime.
O suspeito e vítima eram colegas numa faculdade pública de Lisboa.
Prosseguem agora as diligências investigatórias. O detido será, entretanto, presente a primeiro interrogatório judicial, no qual será sujeito à aplicação das medidas de coação processual adequadas.