Os alunos da Universidade do Minho podem usar o traje académico “com que mais se identificam”, independentemente do género de quem o usa. A decisão foi tomada pelo Cabido de Cardeais, órgão que chefia a praxe na universidade minhota e já foi enviada a toda a comunidade académica.
“Qualquer pessoa tem liberdade para utilizar o traje com o qual mais se identifica, tendo de optar pelo uso de traje masculino ou feminino, sem a possibilidade de mistura de peças entre ambos”, refere o comunicado do Cabido. Oficialmente, a U. Minho é a primeira universidade portuguesa a avançar com uma medida deste tipo.
Na prática, o traje deixa de estar associado ao género masculino ou feminino, cabendo a cada estudante vestir aquele com que mais se identifica. “A Praxe, tal como a conhecemos, é sinónimo direto de inclusão, de entreajuda e, sobretudo, de união”, explica o Cabido de Cardeais.
“Desde sempre, e especialmente nestes tempos conturbados de pandemia, viemos a provar que somos realmente diferentes. Todos diferentes, mas com um sentimento justamente igual: um sentimento de pertença a algo maior que todos nós”, avança órgão máximo da praxe minhota, adiantando que “a criação do Traje Académico teve, na sua génese, o objetivo de atenuar qualquer tipo de diferença pessoal, social e económica entre todos os que o envergam”. Desta forma, a decisão agora tomada visa “unir toda a comunidade”.