Os chefes de Estado da Polónia e da Eslováquia vão estar em Braga para falar com Marcelo Rebelo de Sousa, onde o Presidente vai estar a comemorar o 10 de Junho. “Veremos o que eles querem”, referiu Marcelo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou terça-feira que os presidentes da República da Polónia e da Eslováquia vão deslocar-se a Braga na quarta-feira para falarem consigo sobre “a situação internacional”.
O anúncio foi feito pelo chefe de Estado Português esta noite, à chegada a Braga para as comemorações do 10 de Junho.
Teremos um ponto que não estava previsto no programa, que não tem a ver com o 10 de Junho, mas amanhã [quarta-feira] teremos dois chefes de Estado que virão cá a Braga para se encontrar comigo, para falar da situação internacional que se vive, e no dia seguinte estarão com o senhor primeiro-ministro. São o senhor Presidente da Polónia e a senhora Presidente da Eslováquia” disse Marcelo, aos jornalistas.
O Presidente da República disse ainda que o encontro foi pedido pelos seus homólogos, Andrzej Duda, Presidente da República da Polónia, e por Zuzana Čaputová, Presidente da República da Eslováquia, desconhecendo o que ambos pretendem.
“Pediram para falar comigo e depois com o senhor primeiro-ministro. Veremos o que eles querem”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado ainda pelos jornalistas sobre se haverá muito tempo de guerra pela frente, o chefe de Estado Português respondeu que “ninguém sabe”.
“Ninguém sabe o tempo de guerra. O que sabemos é que temos uma posição muito clara do lado do direito e da ética. Estamos com os nossos aliados, estamos empenhados com os nossos aliados, o envolvimento português é muito importante”, sublinhou.
Como exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa apontou o reforço e o prolongamento da presença de [militares] portugueses na Roménia e o apoio “em termos de capacidade e de meios” que Portugal tem dado à Ucrânia ao longo dos últimos meses.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a guerra na Ucrânia “tornou ainda mais claro o que já era evidente: a importância do investimento na defesa, na segurança e nas Forças Armadas”.
O chefe de Estado português acrescentou ainda que o conflito na Ucrânia “é um desafio” para a Europa e para a NATO, sublinhando a necessidade de “uma preocupação crescente relativamente às Forças Armadas”.