O líder do Chega aposta numa gestão mais eficiente dos fundos públicos para garantir um substancial aumento nas pensões dos portugueses.
Durante uma arruada no centro da cidade de Braga, André Ventura, presidente do partido Chega, comprometeu-se esta terça-feira com uma proposta ambiciosa que promete transformar o sistema de pensões em Portugal. Ventura assegurou que, sob a liderança do seu partido, o país testemunharia o “maior aumento de pensões que Portugal alguma vez teve”, uma medida que ele afirma ser viável através de uma administração mais prudente e eficaz dos recursos financeiros do Estado.
Contrapondo-se às práticas dos partidos tradicionais, como o PS e o PSD, que segundo ele apenas debatem a manutenção do status quo sem cortes nas pensões, Ventura propõe uma abordagem revolucionária. “Não seremos como os outros”, afirmou, enfatizando o seu compromisso em assegurar que a geração mais velha de Portugal possa viver com dignidade.
A proposta de Ventura inclui a equiparação gradual das pensões mais baixas ao salário mínimo nacional, uma iniciativa que ele defende ser financeiramente sustentável. Apontando para o desperdício anual de dois a três mil milhões de euros no Ministério da Saúde, Ventura argumenta que uma gestão mais rigorosa desses fundos poderia liberar recursos suficientes para financiar o aumento das pensões. O custo estimado desta medida nos primeiros três anos é de 1,6 mil milhões de euros, um valor que, segundo ele, está ao alcance do país se houver vontade política para tal.
Este compromisso de Ventura surge num momento em que o debate sobre a sustentabilidade do sistema de pensões e a qualidade de vida dos idosos ganha cada vez mais relevância no panorama político e social de Portugal. Com esta promessa, o Chega procura posicionar-se como um partido capaz de provocar mudanças significativas na gestão dos recursos públicos e no apoio às gerações mais velhas, desafiando o cenário político atual com propostas audaciosas e controversas.