Estudo alerta que muitos países não têm planos para enfrentar os efeitos das alterações climáticas nos serviços de emergência médica, identificando riscos graves e desafios globais


As alterações climáticas poderão ter um impacto significativo na resposta dos serviços de emergência médica em todo o mundo, revela um estudo publicado no European Journal of Emergency Medicine e apresentado no Congresso Europeu de Medicina de Emergência, realizado na Dinamarca. Os especialistas alertam que poucos países têm planos adequados para enfrentar esses efeitos, o que pode agravar a vulnerabilidade dos sistemas de saúde globalmente.


Segundo a coautora do relatório, Roberta Petrino, os serviços de emergência médica enfrentarão consequências graves devido ao aumento de fenómenos climáticos extremos, como ondas de calor e inundações. A análise abrangeu 42 grupos de especialistas de 36 países, que classificaram a gravidade dos impactos climáticos em sistemas de saúde e emergências numa média de sete, numa escala de zero a nove.

Entre os principais riscos globais identificados estão a poluição, inundações e ondas de calor, enquanto nos países de alto rendimento, fenómenos como incêndios florestais e vagas de frio também foram considerados críticos. Países mais pobres destacaram a escassez alimentar e a disrupção dos serviços de saúde como preocupações centrais.

Com preocupações a variar por região, a Europa do Norte e o Mediterrâneo Oriental focaram-se nas deslocações em massa e interrupções de serviços básicos. Em contraste, na Australásia e África subsaariana, o risco de doenças transmitidas por vetores, como malária, e incêndios florestais foram destacados.

A Sociedade Europeia de Medicina de Emergência apela para uma ação global urgente, estabelecendo um grupo de trabalho permanente para monitorizar e apoiar a mitigação dos impactos das alterações climáticas nos serviços de emergência.

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