Sílvio Sousa critica desigualdade nos apoios da Câmara e alerta para oportunidades perdidas por falta de acompanhamento técnico às associações locais
A poucos dias do arranque da 10.ª edição do festival Laurus Nobilis Music Famalicão, agendado para os dias 18 a 20 de julho, a CDU de Famalicão reforçou o seu apelo a um maior investimento municipal no movimento associativo cultural. O candidato comunista à presidência da Câmara, Sílvio Sousa, reuniu-se com a direção da Associação Ecos Culturais do Louro, promotora do evento, para discutir os desafios e necessidades da entidade organizadora.
Em comunicado, Sílvio Sousa destacou a importância do papel desempenhado pelas associações culturais na vida sociocultural do concelho e defendeu um reforço significativo dos apoios financeiros, técnicos e logísticos por parte da autarquia. “O movimento associativo é motor de desenvolvimento local. É fundamental reconhecer o seu valor e garantir que tem condições para crescer”, afirmou.
O candidato da CDU criticou ainda a disparidade existente nos apoios atribuídos pelo município, apontando como exemplo a diferença entre os investimentos feitos em eventos independentes como o Laurus Nobilis e as verbas canalizadas para festas promovidas diretamente pela Câmara, como as Antoninas ou a Feira de Artesanato de Famalicão.
A reunião decorreu na sede da associação, na Casa do Artista Amador, instalada na antiga escola primária de Gandra e requalificada com o envolvimento da comunidade local. O espaço acolhe regularmente uma programação cultural diversificada ao longo do ano.
Durante a visita, Sílvio Sousa alertou também para a ineficácia do município na hora de apoiar as associações na formalização de candidaturas a fundos nacionais e europeus. “Não basta emitir cartas de apoio. É necessário que existam técnicos municipais a acompanhar e a elaborar essas candidaturas. Estamos a desperdiçar oportunidades valiosas por falta de envolvimento direto”, denunciou.
A visita terminou com uma passagem pelas instalações onde decorrem os últimos preparativos para o festival, que este ano deverá acolher milhares de visitantes, nacionais e estrangeiros, reforçando o impacto cultural e económico do evento na região.