A estátua em Braga do marechal Gomes da Costa, o militar que desencadeou o golpe de estado a partir desta cidade no dia 28 de maio de 1926 que instaurou a ditadura militar e permitiu, mais tarde, o regime do Estado Novo, foi tapada por ativistas do Bloco de Esquerda.
A iniciativa, que decorreu nesta madrugada, foi assumida pela Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda, tendo a sua dirigente Alexandra Vieira, historiadora e deputada na Assembleia Municipal de Braga, recordado que “este militar foi responsável, a 28 de maio de 1926, pela implantação da ditadura militar, que mais tarde deu origem à ditadura fascista”.
Ativistas do Bloco de Esquerda, na madrugada deste 25 de Abril, taparam a estátua do Manuel Gomes da Costa, situada na Praça Conde de Agrolongo, no centro da cidade de Braga, em frente ao Convento do Pópulo, onde funcionam agora os principais serviços da Câmara Municipal de Braga.
De acordo com a mesma dirigente bloquista, “a escultura está em Braga desde 1966 e representa a implantação do fascismo em Portugal e mantém a cidade de Braga associada a este período negro da história portuguesa”.
Alexandra Vieira questiona “como é que 44 anos depois a cidade de Braga ainda tem estas esculturas simbólicas numa praça pública no centro da cidade”.
“O objetivo desta ação é por os bracarenses a pensar e a discutir a razão pela qual a escultura foi hoje tapada”, de modo a perceberem “quem é esta personagem e o que ela representa”, conclui.
