A família do jovem de 22 anos assassinado, em dezembro, na freguesia de Areosa, Viana do Castelo, vai constituir-se assistente no processo-crime que está a decorrer, anunciou hoje à Lusa o advogado Pedro Meira.
O jovem pescador, de 22 anos, foi esfaqueado nas costas no dia 5 de dezembro de 2018, cerca das 18h09, na travessa do Pico, em Areosa. Ainda foi transportado ao hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, em estado grave, acabando por morrer naquela unidade hospitalar.
A 13 de dezembro o Tribunal de Viana do Castelo decretou prisão preventiva para dois homens detidos pela Polícia Judiciária (PJ) de Braga, pelo alegado homicídio do jovem.
Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, o advogado da família, “nomeadamente, a companheira e mãe dos dois filhos menores, vai constituir-se assistente no processo-crime” por “pretender ter um acompanhamento mais direto e permanente do processo judicial”.
“Até ao momento e, desde a data do falecimento, não obteve mais qualquer tipo de informação relativamente ao processo a não ser o que tem vindo a público e sido veiculado pela imprensa”, sustenta a nota.
Pedro Meira adiantou que “o profundo propósito dos familiares é que este crime seja investigado de forma exaustiva e sejam apuradas todas as responsabilidades de modo a honrar a memória do seu familiar que deixou dois filhos menores, um deles com meses de vida”.
O advogado da família acrescentou também que “a família vai começar, nos próximos dias, a receber apoio e acompanhamento psicológico através de um gabinete específico da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), designada Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio (RAFAVH)”.
“A companheira, os filhos, os pais e familiares deste jovem são as vítimas invisíveis para a sociedade, não sendo os alvos diretos deste crime, são eles que sofreram e sofrem agora o impacto devastador deste homicídio”, adiantou.
Os dois homens detidos pelo alegado homicídio do jovem têm idades entre os 27 e os 33 anos.