Sofia Miranda, operadora de call center na empresa Concentrix, em Braga, vai recorrer ao tribunal para se defender de um despedimento, que acredita ter sido motivado por um episódio de violência, em maio do ano passado, da qual diz ter sido vítima.
A trabalhadora, de 35 anos, queixa-se que levou “uma chapada” de um colega, mas a Randstad – empresa de recrutamento que a contratou para o call center – não castigou apenas o alegado agressor e avançou com a suspensão do seu posto de trabalho duas vezes. Está desde setembro em casa e, há três semanas, recebeu uma notificação de que o seu contrato de trabalho “vai caducar a 6 de junho”.
“O meu colega tinha a mania de pegar comigo. Mandava bocas e piropos. Um dia disse-lhe: ‘Deves achar que tens as costas quentes’, porque toda a gente sabe que ele namora com uma superior da Concentrix, e isso resultou na agressão”, conta Sofia Miranda, referindo que o alegado agressor saiu definitivamente da empresa e ela foi suspensa durante um mês, por ter reagido ao episódio “verbalmente”. Regressou ao trabalho durante dois meses, mas foi “suspensa novamente” e, agora, “despedida”.
in “JN”