O presidente da Câmara de Braga quer que seja criada uma comissão eventual de acompanhamento para monitorizar “soluções” para o Estádio Municipal, apontado para o primeiro trimestre de 2020 a realização do referendo sobre a venda daquele equipamento.
Em declarações à Lusa, depois da reunião da Assembleia Municipal extraordinária na noite quinta-feira, Ricardo Rio (PSD/CDS-PP/PPM) explicou que na base da proposta lançada aos deputados municipais está o documento elaborado pelos serviços municipais que apontam que o custo final do Estádio Municipal pode passar os 192 milhões de euros.
“Como depurado municipal pedi que esta comissão fosse constituída na altura da construção, o que não teve parecer favorável naquela altura [o estádio foi construído para o Euro2004, quando a autarquia era governada por uma maioria socialista]. Acho que deve voltar a ser discutida esta questão porque há várias dimensões que se tem de equacionar quanto ao estádio”, explicou o autarca.
Ricardo Rio já deu conta da vontade da autarquia em alienar o estádio, anunciando no início do verão a vontade de fazer um referendo sobre a questão.
“Este mês [outubro] já iniciámos as formalidades para o pedido da marcação do referendo, que apontamos que seja possível [realizar] no 1.º trimestre de 2020”, afirmou Ricardo Rio.
No entanto, salientou, a alienação do Estádio Municipal “não é a única questão a ter em conta e por isso a utilidade de uma comissão eventual de acompanhamento” da questão.
“Há ainda que equacionar as soluções de rentabilização, que entendemos que deve passar pela venda mas que pode haver outras propostas e alternativas que devem ser apresentadas e discutidas, o acompanhamento dos trabalhos que ainda se estão a fazer e os vários processos judiciais que estão a decorrer sobre a construção do equipamento, além da questão de renegociar o contrato existente com o Sporting Clube de Braga sobre a utilização do estádio”, enumerou.
O Estádio Municipal de Braga foi construído na altura do Campeonato Europeu de Futebol de 2004, sendo um projeto assinado pelo arquiteto Souto Moura.
