“Em Braga ganhamos três dias. E ganhar três dias nas actuais circunstâncias, é evitar milhares de contágios e, provavelmente, salvar muitas vidas”

O município de Braga revogou hoje a imposição de “horário zero” aos estabelecimentos de comércio e serviços do concelho que não sejam de primeira necessidade, considerando que essa decisão fica “esvaziada” com a declaração do estado de emergência nacional.

“Considerando a declaração do estado de emergência nacional e as restrições impostas pelo Governo português, o município de Braga entende que está esvaziada a razão para manter a declaração de imposição do ‘horário zero’ no concelho”, refere o município.

Em comunicado, o município diz que “deve existir uma conjugação de esforços para atingir um objetivo comum”.

“Nesse sentido, a partir de hoje, dia 20 de março, o município passa a convergir as limitações sobre o comércio e os diferentes setores de atividade económica às restrições e responsabilidades que decorrem da resolução do Conselho de Ministros”, acrescenta.

Vinca ainda que as medidas que decorrem da declaração do estado de emergência e das restrições impostas pelo Governo nacional “corroboram totalmente a razão das iniciativas que, a seu tempo, foram tomadas pela Câmara Municipal de Braga”.

“Com essa decisão, Braga ganhou três dias. E ganhar três dias, nas atuais circunstâncias, é evitar milhares de contágios e, provavelmente, salvar muitas vidas”, sublinha.

O Município de Braga continua fortemente empenhado em evitar a propagação o vírus no Concelho, e continuará a acompanhar permanentemente a sua evolução.

A Câmara de Braga impôs, com efeitos a partir da última terça-feira, “horário zero” a todos os estabelecimentos de comércio e serviços do concelho que não sejam de primeira necessidade, para combater o avanço da Covid-19.

A medida foi tomada no dia em que Portugal registou a primeira morte de uma pessoa infetada pelo novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.

O número de mortos no país subiu para seis.

Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).