A empresa municipal de recolha de lixos AGERE, de Braga, apanha, diariamente, “centenas” de luvas e de máscaras que os cidadãos deitam para o chão, sobretudo, junto a super e mini-mercados.
O seu administrador, Rui Morais adiantou que, os consumidores, quando chegam ao carro para meter as compras na bagagem, deitam os equipamentos de proteção individual – contra a infeção de covid-19 – para o chão, “esquecendo-se de que podem ser um perigo para a saúde pública”.
“Felizmente, e como bom exemplo de cidadania, há muitas pessoas que saem à rua, por exemplo, a passear o cão, e topam com as luvas, tendo o cuidado de nos avisar”, salientou.
Como medida preventiva, os técnicos da AGERE visitaram várias lojas no centro da cidade, sobretudo as que não têm parque de estacionamento, pedindo aos proprietários que ponham papeleiras à saída, bem como avisos aos consumidores.
O gestor salienta que o problema é menor nas grandes superfícies, onde existem caixotes em grande quantidade: “nestas áreas não somos nós que recolhemos o lixo, pelo que desconhecemos em detalhe se há ou não muitos casos idênticos”.
A AGERE tem, diariamente, mais de cem pessoas na rua, entre os que operam na recolha de lixos e na varredura das ruas: “temos mantido as pessoas motivadas para o trabalho, apesar dos riscos, porque os nossos 600 funcionários têm consciência de que o serviço público que prestámos não pode parar!”.
Rui Morais sublinha que, a empresa trabalha por turnos, evitando-se o contacto entre os que saem e os que entram.