Ministério do Mar confirmou que não há tripulantes de nacionalidade portuguesa envolvidos. Ataque ocorreu na madrugada de sábado para domingo e presume-se que os desaparecidos tenham sido feitos reféns
O navio de bandeira portuguesa Tommi Ritscher foi atacado na madrugada de sábado para domingo. Os piratas usaram uma lancha rápida para abordar o navio e conseguiram subir a bordo, detalha o Ministério do Mar numa nota informativa enviada ao PÚBLICO.
Das 19 pessoas a bordo — maioritariamente de nacionalidade filipina —, 11 tripulantes conseguiram ficar em segurança, enquanto oito estão desaparecidos. Quanto a estes, o Ministério do Mar presume que tenham sido “constituídos como reféns” dos piratas. No momento do ataque, o navio estava a 2,2 milhas náuticas (cerca de quatro quilómetros) do porto de Cotonou (Benim).
“Tratando-se de um navio com pavilhão português, o assunto está a ser acompanhado pelas autoridades portuguesas, nomeadamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que estão em contacto com o Estado costeiro onde o incidente ocorreu. O Ministério do Mar, liderado por Ricardo Serrão Santos, encontra-se igualmente a acompanhar os desenvolvimentos desta acção de pirataria em coordenação com as demais entidades nacionais envolvidas”, explica a nota informativa do Ministério do Mar.
Pelo facto de a abordagem ter ocorrido dentro do mar territorial do Benim, cabe às autoridades desta nação africana a coordenação da resposta a esta situação.