O Executivo Municipal aprovou a concessão de prerrogação do prazo de 154 dias para a execução das obras no Mercado Municipal de Braga. A empreitada da reabilitação e ampliação do Mercado Municipal, no valor de 4.588.772,41 euros, tinha como prazo inicial de 300 dias, com término para dia 31 de janeiro deste ano.
Devido à introdução de vários trabalhos e face ao aparecimento da Covid-19, foi dada uma nova prerrogação de prazo, estando a obra prevista terminar a 31 de outubro deste ano.
Carlos Almeida, vereador da CDU, questionou Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, sobre o prazo da obra não estar a ser cumprido e que “provavelmente não estará terminada no final de outubro”.
Já Artur Feio, vereador do Partido Socialista, foi mais longe, questionando o autarca sobre os 34 trabalhos que foram adicionadas ao relatório, em que foi introduzido mais 2 milhões de euros do que era previsto inicialmente.
Além do valor, que implica a execução de mais 34 trabalhos, o vereador do PS confessou que se este partido tivesse intervindo, o Município poderia ter poupado 2 milhões de euros. “A prática de pedir e consultar o exterior para fazer projetos está à vista no que diz respeito ao resultado final. Como é possível lançar um concurso público com um projeto tão diversificado de uma obra de 4 milhões de euros e permitir que metade desta, além de duplicar o prazo da sua execução, ainda inclui 34 trabalhos a mais? É uma obra mal gerida com custos calamitosos”, questionou Artur Feio.
Ricardo Rio explicou que o acréscimo destes trabalhos devem-se ao facto de ter-se detetado falhas na estrutura, que devem de ser corrigidas. “A obra é um projeto que tem décadas e todos os trabalhos a mais que surgiram têm a ver com surpresas que foram detetadas ao longo da obra, e que são necessárias corrigir. É natural que com uma obra desta dimensão em que as condições de construção não são conhecidas, e à medida que a obra vai ser realizada, são detetados aspetos que têm que ser recalculados”, respondeu o edil.