Fafe está, a partir de hoje, em situação de emergência municipal. O anúncio foi feito à instantes pelo presidente da Câmara, Raúl Cunha, na sequência de uma reunião de urgência da comissão de proteção civil daquele concelho.
Num vídeo publicado nas redes sociais do município, o autarca lamenta trazer “notícias que não são as melhores”.
“Fafe, à semelhança do que se está a passar na região, apresenta uma evolução grande no número de casos e na rapidez com que esses casos aumentam. Nunca tivemos, desde o início da pandemia, uma situação como atualmente estamos a viver”, avisa Raúl Cunha.
De acordo com o autarca, o concelho registou um aumento de 195 casos nos últimos sete dias, subindo para 567 o número de casos acumulados desde março.
O autarca refere que Fafe está em vigésimo lugar dos municípios da região Norte com maior taxa de progressão da doença.
Face aos números, a autarquia, em conjunto com as diferentes entidades da comissão de proteção civil municipal, que integra bombeiros, setor da saúde e forças da autoridade, decidiu encerrar os cemitérios nos próximos dias 31 de outubro, 01 e 02 de novembro, ao contrário do que tinha sido projetado anteriormente.
“Como sabemos, o contexto que tem acontecido o aumento de casos nao é um contexto que resulte de acontecimentos de surtos, em lares, fábricas ou instituições. Este aumento de casos é espalhado pela comunidade, um pouco por todo o lado. Por isso temos de atuar impedindo a aglomeração de pessoas, e o local onde há mais probabilidade de aglomerado nos próximos dias é no cemitério, e esta necessidade vai contra o que queríamos fazer, mas respondendo a esta situação, há necessidade de encerrar os cemitérios”, disse Raúl Cunha.