Sofreu muito o Vitória para se apurar para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. Só o conseguiu no desempate por penáltis, após um 0-0 em 120 minutos.

No primeiro tempo o Vitória fez apenas um remate à baliza do Arouca, por Bruno Duarte, já perto da meia hora. Os arouquenses foram claramente melhores nesse período e perderam algumas boas oportunidades para se colocarem em vantagem. Perto do intervalo, a tarefa do Vitória ainda ficou mais complicada, quando o defesa Zié Ouattara foi expulso por acumulação de amarelos.

No segundo tempo o Vitória juntou-se mais e no ataque teve uma boa oportunidade por André Almeida aos 78 minutos, mas já em período de compensações Bruno Varela negou o golo a Blondell e o jogo seguiu para prolongamento. 

Nos 30 minutos suplementares a grande ocasião pertenceu a Maddox aos 117 minutos com um remate à barra. Na decisão por penáltis, foi mais eficaz o Vitória, vencendo por 7-6. André André, Rochinha, Pepelu e Edwards marcaram, mas Sílvio falhou o último, atirando à barra, e possibilitou que o Arouca empatasse. No ‘mata-mata’, Noah, Ofori, Maddox, Joel e Jorge Fernandes marcaram, antes de Bruno Varela defender o penálti de Blondell.

Declarações de João Henriques, treinador do Vitória de Guimarães, após o apuramento dos minhotos para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal:

«Acho que se deve valorizar os 75 minutos com menos um jogador. Não se deu por essa diferença pelas oportunidades criadas e no equilíbrio que tivemos a partir desse momento. Levamos o jogo para as grandes penalidades. Tivemos algumas algumas boas oportunidades antes das grandes penalidades, mas a justiça foi feita. Acima de tudo, hoje, o Vitória mostrou que tem um grupo de trabalho solidário.»

«O Arouca mostrou, hoje, mais uma vez o que tem vindo a fazer na II Liga. Não é por acaso que está no lugar que está no campeonato. Não é por acaso que não perde aqui desde 2019. Tem qualidade, está bem trabalhada, tem bons jogadores. As equipas do topo da 2.ª Liga são em tudo semelhantes à maioria das equipas que estão na I Liga. Não vejo diferenças algumas. Em 75 minutos de jogo com menos um, evitámos que o adversário fizesse golo, criámos situações para evitar os penáltis, enviámos uma bola à trave. Isso demonstra que o Vitória está no bom caminho. Fez a exibição necessária para ultrapassar um adversário difícil.»

Filipe Freitas, treinador-adjunto de Armando Evangelista, após a eliminação do Arouca da Taça de Portugal diante do Vitória de Guimarães:

«Queria referir que o jogo que fizemos e o que temos feito ao longo da época deve-se muito a uma pessoa que não pôde estar presente hoje, o mister. Os jogadores tiveram uma atitude de guerreiros, de campeões. Fomos sem qualquer tipo de dúvida a melhor equipa em campo. Deveríamos ter resolvido o jogo nos 90 minutos, mas não nos podemos esquecer que estávamos a jogar com o V. Guimarães, uma equipa forte da I Liga. O Arouca mostrou que um tem um futebol de primeira. Provou mais uma vez que não é fácil ganhar a esta equipa. É melhor ser alegre do que triste, porém para sermos mais felizes de vez em quando devemos ter uma dose de tristeza, para termos saudades. Tenho a certeza de que o nosso jogadores estão tristes, mas todos estão com orgulho neles.»