O ministro das Infraestruturas reiterou hoje que o despedimento coletivo na TAP “é uma hipótese desde o início”, salientando que as negociações com os trabalhadores já permitiram reduzir de 2.000 para “cerca de 200” as saídas necessárias.
“[O despedimento coletivo] é uma hipótese desde o início, como é sabido”, afirmou Pedro Nuno Santos à margem da apresentação do novo navio da CV Interilhas “Dona Tututa”, em Setúbal, quando questionado sobre se este cenário estava em cima da mesa para aqueles que, entre os 206 trabalhadores da companhia aérea portuguesa contactados para negociarem uma rescisão amigável, não aceitarem uma saída voluntária.
Pedro Nuno Santos lembrou que, “inicialmente, o que estava previsto era uma redução de 2.000 trabalhadores”, tendo em conta a necessária “poupança em termos de redução de custos da empresa”, mas, “com todas as negociações feitas com os trabalhadores (seja em redução salarial, seja em saídas voluntárias ou reformas antecipadas), conseguiu-se reduzir o número para cerca de 200”.
“Portanto, é preciso não nos esquecermos do ponto de partida, em que estava previsto saírem 2.000, e o ponto de chegada, em que podem ter de sair cerca de 200”, realçou.
Relativamente ao algoritmo que está a ser utilizado para identificar os trabalhadores a dispensar, Pedro Nuno Santos considerou que, “sem ignorar situações particulares, é um método que garante maior imparcialidade na gestão desse processo”.
Não é nenhum apostador que escolhe o trabalhador que sai, mas há um método relativamente objetivo e é, por isso, importante”, sustentou.