A Polícia Judiciária desmantelou uma rede que vendia o acesso a conteúdos televisivos através de “streaming”. Estima-se que terá causado um prejuízo de meio milhão de euros aos legítimos detentores dos direitos de difusão.

A investigação da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ iniciou-se em 2019 e culminou com uma operação a nível nacional que passou pela realização de 13 buscas e na detenção de seis homens e três mulheres com idades entre os 35 e os 55 anos de idade. Foram ainda constituídos mais dois arguidos.

Estão em causa crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, fraude fiscal, branqueamento e associação criminosa. Os suspeitos tinham centenas de clientes a quem, mediante um pagamento mensal fixo, cediam o acesso ilícito a conteúdos televisivos através do serviço de “streaming” por IPTV.

Segundo um comunicado da PJ, a rede auferia “lucros significativos” com esta atividade ilícita e terá causado um prejuízo de cerca de meio milhão de euros às operadoras detentoras dos direitos de difusão.

Nas buscas foi apreendido diverso material probatório da atividade criminosa, nomeadamente, seis bastidores de servidores e diverso outro material informático de suporte à atividade criminosa. o saldo de contas bancárias, cerca de oito mil euros em numerário e um veículo automóvel. Uma das detenções ocorreu em flagrante delito por posse de diversos tipos de armas de fogo ilegal.

Os detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para efeitos de aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.