Portugal era, em 2021, o décimo país da União Europeia (UE) com mais jovens estudantes dos 15 aos 29 anos fora do mercado de trabalho, equivalendo a 86,9%, acima da média comunitária de 73,4%, divulgou hoje o Eurostat.
Os dados foram divulgados pelo gabinete estatístico da UE, o Eurostat, e revelam que, no ano passado, 86,9% dos jovens estudantes portugueses, dos 15 aos 29 anos, não trabalhava, sendo que outros 10,3% estavam empregados e 2,9% desempregados.
No conjunto da UE, em 2021, 23% dos jovens com idades compreendidas entre os 15 e 29 anos no ensino formal estavam também empregados, enquanto 3% estavam à procura de emprego e disponíveis para começar a trabalhar (ou seja, desempregados).
No entanto, a maioria dos jovens estudantes europeus (73%) estava fora da força de trabalho (nem empregados nem desempregados).
Com percentagens mais altas do que Portugal de jovens estudantes sem trabalho estavam, em 2021, a Roménia (97,4%), Eslováquia (95,4%), Bulgária (94,2%), Hungria (94%), Croácia (92,5%), Itália (92%), Grécia (91,8%), República Checa (91,2%) e a Polónia (87,1%).
Nestes dados sobre o desemprego jovem e a participação dos jovens na educação e mercado de trabalho, o Eurostat observa que “a rapidez com que os jovens transitam da educação para o mercado de trabalho varia muito entre os Estados-membros da UE”, sendo que, em alguns países, os jovens começam a trabalhar, por exemplo, sob a forma de trabalho a tempo parcial, de fim de semana ou de estudantes, enquanto ainda participam no ensino formal.
Por países, a Holanda tinha, em 2021, a maior percentagem de estudantes entre os 15 e os 29 anos que estavam empregados enquanto ainda estavam a estudar (70%), seguida pela Dinamarca (49%) e Alemanha (42%).
Em contrapartida, as percentagens mais baixas de emprego entre jovens estudantes foram verificadas na Roménia (2%), Eslováquia (4%), Hungria e Bulgária (ambos 5%).