O Grupo Primavera, A Cegid Company, está a levar a cabo um projeto de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D&I) em parceria com a Universidade do Minho (UM), uma das maiores universidades do país, para a criação das bases que irão sustentar o futuro da manutenção de ativos, equipamentos e instalações, suportadas em tecnologias de última geração como Machine Learning, Realidade Aumentada, Modelos Analíticos, Redes Neuronais, Indoor Navigation e Assistência Remota.
Este projeto pioneiro de Cognitive CMMS junta o Grupo Primavera, A Cegid Company, a Universidade do Minho e o Centro de Computação Gráfica- um hub tecnológico da Universidade do Minho especializado em investigação e desenvolvimento nas áreas de Computação Gráfica, TIC e Eletrónica- com o objetivo de criar sinergias entre a experiência prática detida pela tecnológica na área da gestão da manutenção e o conhecimento académico e domínio de tecnologias emergentes, com vista ao desenvolvimento de inovação que ditará o futuro da manutenção preditiva e dos sistemas inteligentes de CMMS 5.0.
“O objetivo deste projeto de Cognitive CMMS é criar inovação e soluções inteligentes que permitam aos gestores da manutenção, por exemplo, ter uma visão integrada BIM 6D sobre os edifícios e seus equipamentos, algoritmos de manutenção preditiva que ajudam a prever falhas ou anomalias; dispositivos de Realidade Aumentada para Assistência Técnica Remota; interfaces móveis para a identificação rápida de equipamentos através de Indoor Location ou tecnologia IoT que permite a recolha de dados a partir de dispositivos de baixa energia, contribuindo para aumentar a eficiência energética das empresas”, explica Luís Cadillon, responsável da Valuekeep, software de gestão da manutenção do Grupo Primavera, A Cegid Company.
Para além de docentes da Universidade do Minho especialistas em tecnologias BIM e IoT, este consórcio de I&D conta também com o expertise do Centro de Computação Gráfica (CCG) nas áreas de Machine Learning, Realidade Aumentada, Indoor Navigation e Assistência Remota.
Miguel Azenha, Professor Auxiliar no Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, salienta a importância desta colaboração com o tecido empresarial, reforçando: “É sem dúvida fundamental agilizar a transferência de conhecimento entre a academia e a indústria. O caso do projeto Cognitive CMMS é um excelente exemplo deste tipo de parceria. A nossa equipa já se dedica a temáticas de digitalização e BIM há mais de 10 anos com foco principal nas fases de projeto e construção. A associação ao projeto Cognitive CMMS permitiu expandir competências e inovar no âmbito da gestão da manutenção”.
Por seu lado, Ana Lima, Diretora Técnica do Centro de Computação Gráfica, destaca a relevância da aplicação das tecnologias mais avançadas, ao serviço da manutenção, frisando “hoje existem tecnologias emergentes que podem revolucionar por completo a atividade da manutenção de equipamentos e edifícios, com ganhos muito evidentes na redução dos custos de manutenção, no prolongamento do tempo de vida útil dos ativos e mesmo na otimização da eficiência energética. É isso que estamos a testar e que queremos num futuro próximo disponibilizar, algo que só é possível graças a esta parceria”.
A tecnologia que está a ser desenvolvida por este consórcio de I&D já está a ser testada num projeto piloto que envolve a manutenção de instalações, equipamentos e ativos da Universidade do Minho, mais concretamente os serviços de Ação Social e ainda a ITEC, uma empresa de referência na indústria de eletrónica e automóvel.
O projeto Cognitive CMMS teve início em 2019, foi cofinanciado pelos programas COMPETE 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e terminará em junho de 2023, prevendo-se que todas as inovações tecnológicas desenvolvidas no âmbito do projeto sejam aplicadas à solução de gestão de manutenção Valuekeep, desenvolvida pelo Grupo Primavera, A Cegid Company, uma solução que atualmente é utilizada para gerir as operações de manutenção de ativos em empresas de vários países, com particular incidência nos mercados Ibérico, Europeu e da América Latina.