Pela primeira vez desde que a regra foi imposta em 1963, as tenistas vão poder usar roupa interior colorida e não serão repreendidas, como aconteceu com Tatiana Golovin em court, em 2017, quando decidiu jogar de cuecas vermelhas.
“No ano passado, tomei a pílula para parar de sangrar porque sabia que tinha de usar cuecas brancas e não queria passar uma vergonha”, revelou a tenista britânica Heather Watson.
“Ia à casa de banho só para me certificar de que não se via nada”, frisou Coco Gauff, número 7 do mundo. Era essa a realidade das jogadoras sempre que chegavam a julho e tinham de usar roupa branca em Wimbledon… até agora.
Pela primeira vez desde que a regra foi imposta em 1963, as tenistas vão poder usar roupa interior colorida e não serão repreendidas, como aconteceu com Tatiana Golovin em court, em 2017, quando decidiu jogar de cuecas vermelhas. Wimbledon dá um passo em frente e rompe assim com um dos seus códigos mais polémicos, que tem provocado uma sucessão de manifestações, protestos e queixas de participantes e grupos de defesa dos direitos das mulheres. A primeira a pô-la em prática foi Victoria Azarenka, no court 15, contra a chinesa Yuan. A bielorrussa entrou em court com roupa interior verde escura.
“É um grande alívio, tive o período no ano passado durante Wimbledon e foi muito stressante”, revelou Coco Gauff, que salienta que será um passo em frente para todo o circuito feminino: “Vai aliviar muito o meu stress e o de outras raparigas no balneário. A menstruação tem sido o grande motivo de sensibilização para esta regra. Nos últimos anos, várias tenistas referiram em várias ocasiões que se sentiam incomodadas em court por serem obrigadas a usar roupa interior branca, devido à transpiração. “Tudo o que possa ajudar as mulheres deve ser elogiado”, referiu Sorribes Tormo.