Domingos Bragança, presidente da Câmara, participou no evento de apresentação de um estudo sobre de boas práticas sobre sistemas regionais de inovação, organizado pela CCDR-Norte, IP.

Na manhã desta terça-feira, 11 de julho, o auditório do Teatro Jordão foi palco da apresentação de um estudo de benchmarking de boas práticas sobre sistemas regionais de inovação e estratégias de especialização inteligente, organizado pela CCDR-Norte, e que contou com a presença de Domingos bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

Na abertura do evento, Domingos Bragança, agradeceu à CCDR-N pelo facto de Guimarães ter sido a cidade escolhida para a apresentação do estudo, que foi realizado pela Technopolis, e apresentado por Augusto Ferreira. O presidente da Câmara referiu os três pilares de desenvolvimento em que assentam as políticas públicas do território, cultura, educação e ciência, contextualizando esta última em face do tema da apresentação. “A ciência é uma dimensão essencial para a inovação e para os modelos de desenvolvimento.

“Guimarães tem vindo a investir recursos financeiros significativos na recuperação e reabilitação de edifícios que serão destinados a projetos ligados à ciência e ao conhecimento. Este edifício em que nos encontramos, o Teatro Jordão, com uma área de cerca de 15 mil m2, foi alocado à Universidade do Minho e ao Conservatório de Guimarães. Aqui bem perto, foi recuperado um edifício de uma antiga fábrica de curtumes para aí instalar a Universidade das Nações Unidas. Mas temos mais. Em curso estão três projetos: a Escola-Hotel do IPCA, as futuras instalações da Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho e da Associação Fibrenamics, na Fábrica do Arquinho, e a Academia de Transformação Digital, na Fábrica do Alto, onde também se instalarão centros de investigação na área da transformação digital”, referiu Domingos Bragança.

O edil disse que o montante que será investido nestes projetos ascende a 45 milhões de euros, e que esta é uma aposta para o futuro da indústria em Guimarães e da região Norte. “Precisamos que a nossa indústria, maioritariamente constituída por micro, pequenas e médias empresas, produza produtos inteligentes, que o seu chão de fábrica seja alavancado através de um modelo de Fábrica do Futuro. Ou seja, temos que dar o passo seguinte rumo à inovação e complexificação dos produtos através da transformação digital”, concluiu.

António Cunha, presidente da CCDR-N, na sua intervenção, falou do processo de mudança que está a decorrer na Comissão de Coordenação, que decorre do novo enquadramento legal e dos novos estatutos que em breve serão aprovados. “Trata-se de uma evolução significativa, de um processo de mudança que cria uma oportunidade, e que é a promoção de um Sistema Regional de Inovação. Mas não é só uma oportunidade, é também uma necessidade, pois precisamos de aprofundar essa capacidade de inovação para que esta região, que é a mais industrializada e exportadora do país, possa dar o salto, ganhar massa crítica e apostar nas pessoas e no talento”, disse António Cunha.