O Vitória de Guimarães conquistou uma vitória expressiva de 5-0 sobre o Desportivo de Chaves em um jogo válido pela oitava rodada da I Liga de futebol, o que coloca a equipa de Guimarães provisoriamente no terceiro lugar da tabela.
No jogo que marcou a estreia do treinador Álvaro Pacheco como anfitrião, o Vitória chegou ao intervalo com uma vantagem de 3-0. Os gols foram marcados por João Mendes aos 3 minutos, Tomás Hendel aos 43, e Jota aos 45+2. Além disso, André Silva marcou aos 53 minutos, e Manu acrescentou mais um golo aos 90+1.
O Desportivo de Chaves, que vinha de duas vitórias consecutivas, sofreu uma grande desvantagem, pois Ygor Nogueira foi expulso aos 44 minutos, recebendo o segundo cartão amarelo.
Álvaro Pacheco: «Estão a apaixonar-se pela nossa ideia, pela nossa identidade»
Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo (5-0) folgado na receção ao Desportivo de Chaves:
«Acho que estamos no caminho certo, no sentido de criar uma equipa com identidade em com espírito de conquista; à Vitória. A reflexão é que temos muito a caminhar e de aprender, temos de estar satisfeitos, mas focar muito onde queremos ir, que é importante para atingir os objetivos».
«Olhando para o jogo, estou super orgulhoso. Fomos uma equipa proativa, a fazer as coisas acontecer com muita agressividade, não só com bola, a procurar os espaços. Estiveram muito bem, os jogadores fizeram as coisas acontecer. Com a capacidade que tiveram fizemos três golos na primeira parte, mas podíamos ter feito mais; na segunda parte tentámos não baixar o ritmo, os espaços estavam diferentes, e a equipa foi serena, inteligente, conseguimos fazer mais dois golos. Estão de parabéns, mas são só três pontos, temos de continuar a trabalhar».
[Dinâmicas de diferentes] «A minha grande preocupação foi aproveitar o que já havia aqui com hábitos e rotinas, que já estavam bem montadas, implementando um pouco das nossas ideias, percebendo os espaços a aproveitar com bola e sem bola. Perceber as linhas orientadores do nosso jogo. Estão a apaixonar-se pela nossa ideia, naquilo que vai ser a nossa identidade».
[Vitória no terceiro lugar. Diz alguma coisa?] «Não, não diz nada. O que me diz é que hoje conquistámos três pontos, temos de perceber como os conquistámos e transportar já para o próximo treino. O grande foco é no presente, no dia a dia, ainda estamos no início de uma caminhada e do percurso, a minha convicção é que vai ser uma caminhada muito bonita, mas temos de focar no presente e no que temos a fazer».
Moreno: «Faltou-nos tudo, a responsabilidade maior é minha»
«Faltou-nos tudo. Preparámos o jogo bem, mas o Vitória fez o golo no terceiro minuto e antes já tinha enviado uma bola ao poste, numa perda de bola que sabíamos que não podíamos ter. O Vitória sente-se bem em vantagem e a partir daí tivemos de reagir, abrindo mais a equipa. Enquanto ainda estava 0-1, ainda nos aproximámos algumas vezes, recordo-me do remate do Rúben Ribeiro e outras situações em que devíamos ter definido melhor. Mas depois do segundo golo e de ao mesmo tempo termos ficado com menos um jogador é complicado. Sei o que custa, pois já estive lá dentro. Ao intervalo, com 0-3 e com menos um, ficou tudo muito complicado», analisou o técnico.
Ao intervalo, Moreno falou com os jogadores e tentou colar os cacos.
«Tentámos ajudar. Fazê-los perceber que recuperar o resultado era dificil. Tentarmos que o resultado não fosse muito desnivelado. Os nossos jogadores trabalham imenso, mas em jogo cometem erros inexplicáveis. Disse para esquecerem o resultado e procurarem trabalhar em jogo. Quero proteger estes atletas. Criar confiança, pois é com estes que vamos, pelo menos até janeiro, e não quero que caia sobre os jogadores. Têm de perceber que não se podem cometer erros como os que cometemos nos golos sofridos», revelou.
«Mas é com estes atletas que temos de ir à luta, mas vai ser difícil. Não fujo de nada. Vai ser uma época difícil. Estou a dizer isto depois desta derrota pesada, mas também o disse quando ganhámos duas vezes seguidas. A responsabilidade maior é minha. Quero frisar isto bem», acrescentou, sem esconder sentimento especial pelo regresso à cidade-berço:
«É sempre especial. Regresso à minha cidade. Uma gratidão enorme por este clube e com a cidade. É isso que sinto sempre. Claro que queria outro resultado. Mas, repito, acima de tudo gratidão.»