O Núcleo de Planeamento e Intervenção dos Sem-Abrigo (NPISA) de Viana do Castelo está atualmente a fornecer assistência a 37 pessoas por meio de uma parceria envolvendo a Câmara Municipal, instituições sociais e organismos públicos, conforme anunciado hoje.
A coordenadora da equipa de Rua IR+ do Gabinete de Atendimento à Família (GAF), um dos 13 parceiros do NPISA em Viana do Castelo, revelou que atualmente estão a prestar apoio a 37 pessoas em situação de sem-abrigo. A maioria dos afetados são homens, com idades entre 24 e 70 anos, predominantemente de nacionalidade portuguesa. O concelho de Viana do Castelo conta com respostas provisórias, como o Centro de Acolhimento de Emergência (CAE) da Methamorphys, a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Humano e a Comunidade de Inserção (CI) do GAF, cada uma com critérios específicos que, em algumas situações, podem dificultar a admissão. O CAE oferece uma solução temporária de três meses, enquanto na CI do GAF, as pessoas em situação de sem-abrigo podem permanecer até seis meses, podendo estender esse período conforme o seu projeto de vida.
A coordenadora destacou os desafios associados à escassez de vagas disponíveis e defendeu a implementação dos modelos ‘Housing First’ e ‘Apartamento Partilhado’ para enfrentar a problemática. O ‘Housing First’ oferece habitação independente a pessoas em situação prolongada de sem-abrigo, enquanto o ‘Apartamento Partilhado’ é uma solução transitória para até cinco pessoas, visando a inserção social.
O texto também abordou o projeto Schelter On do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, que visa dar resposta aos sem-abrigo que optam por viver na rua, proporcionando um espaço sem regras rigorosas. O projeto, concebido para pessoas com mobilidade reduzida, busca integrar-se no contexto urbano sem perturbar a população, e um protótipo está planejado para ser instalado na cidade para avaliação ao longo de seis meses.