Relatório aponta Braga e Viana do Castelo como distritos com maior número de ocorrências, mas com pouca área ardida

Entre 01 de janeiro e 30 de junho deste ano, foram registados 1.812 incêndios rurais em Portugal, resultando em 2.964 hectares de área ardida, o menor número de fogos desde 2014, segundo o relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) divulgado hoje. No Minho, os distritos de Braga e Viana do Castelo registaram 186 incêndios cada, sendo a maioria de pequena dimensão.

Dos hectares ardidos, 577 correspondem a povoamentos, 1.664 a matos e 723 a áreas agrícolas. Em comparação com a média dos últimos dez anos, verificou-se uma redução de 60% no número de incêndios rurais e de 80% na área ardida.

O relatório destaca que 83% dos incêndios registados no primeiro semestre de 2024 tiveram uma área ardida inferior a 1 hectare. Apenas três incêndios atingiram entre 100 e 500 hectares, classificando-se como grandes incêndios, e resultando em 615 hectares ardidos, representando 21% da área total queimada.

Em relação às causas, 1.254 dos 1.812 incêndios foram investigados, resultando em 969 incêndios com causas determinadas. As queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas foram responsáveis por 20% dos incêndios, enquanto o incendiarismo respondeu por 19%.

Os distritos do Porto (278 incêndios), Braga (186) e Viana do Castelo (186) foram os que registaram maior número de ocorrências, majoritariamente de pequena dimensão. Em termos de área ardida, Viana do Castelo foi o mais afetado, com 657 hectares, seguido por Braga com 418 hectares.

Até ao momento, junho foi o mês com mais incêndios (660), representando 36% do total de ocorrências, e também o mês com maior área ardida (1.041 hectares, 35% do total).