A partida que resultou na primeira derrota do Vitória de Guimarães no campeonato terminou de forma conturbada, com confrontos entre adeptos e a GNR, tanto dentro como fora do Estádio D. Afonso Henriques. Após o apito final, tumultos eclodiram numa das bancadas ocupadas por adeptos vitorianos, levando a uma intervenção rápida e enérgica por parte das forças de segurança.

O clima de tensão escalou rapidamente quando cadeiras foram arremessadas para o relvado e em direção à polícia, que reagiu com uma carga sobre os adeptos, provocando uma debandada generalizada na bancada. Já no exterior do estádio, os confrontos continuaram, com a GNR a dispersar os adeptos que atiravam diversos objetos.

A ação da polícia foi alvo de duras críticas por parte da direção do clube minhoto. O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, expressou a sua indignação, afirmando que o clube vai “até às últimas consequências” para evitar que situações como esta se repitam. “É preciso respeito. Gostamos de estádios cheios, o Vitória promove isso, e não podemos permitir que isto se passe nos estádios em Portugal. É triste ver senhoras e crianças a chorarem a ir para o carro. O Vitória está triste com esta situação e esperamos que não volte a acontecer”, declarou o dirigente.

Rui Borges, treinador da equipa, também lamentou os acontecimentos e apelou ao “bom-senso” de todas as partes envolvidas. “Peço bom-senso a toda a gente porque há muitas crianças ali e torna-se desagradável e penoso ver as crianças a chorar. Acho que o que aconteceu não foi tão grave para isto que se passou”, comentou.

Os incidentes mancharam o desfecho do jogo, gerando um debate sobre a atuação das forças de segurança em eventos desportivos e a segurança dos adeptos nos estádios. O Vitória de Guimarães, um dos clubes com maior massa adepta em Portugal, promete agora uma investigação rigorosa e medidas que garantam que situações semelhantes não voltem a ocorrer.