Zona escolar continua exposta a riscos elevados devido à falta de intervenção prometida pela Infraestruturas de Portugal
No passado fim de semana, registou-se mais um acidente rodoviário grave no cruzamento da EN 205/4, em Crespos, Braga, uma zona de elevada circulação diária que inclui acessos a uma escola, jardim-de-infância, centro social e igreja. Este acidente, que envolveu uma criança, reacendeu as preocupações da Junta de Freguesia de Crespos e Pousada sobre a segurança rodoviária no local.
Junta de Freguesia denuncia inação da Infraestruturas de Portugal
José João Correia, presidente da Junta de Freguesia de Crespos e Pousada, manifestou frustração e preocupação com a situação, apontando para a falta de medidas eficazes por parte da Infraestruturas de Portugal (IP), apesar dos alertas e dos estudos realizados.
“Há anos que clamamos por uma solução urgente. Os estudos mostram que 83% dos condutores excedem a velocidade no cruzamento, com registo de velocidades superiores a 150 km/h. Nem isso, nem os acidentes graves, incluindo com vítimas mortais, têm sido suficientes para que a IP intervenha”, afirmou.
O presidente recordou que a IP prometeu uma intervenção em 2011, mas até hoje, nenhuma melhoria foi concretizada.
“A Câmara Municipal já garantiu financiamento para a obra e a Junta sugeriu medidas como sinais luminosos para travar a sinistralidade. A cada dia sem ação, estamos expostos a mais tragédias”, alertou.
Um cruzamento perigoso com trânsito intenso
O cruzamento em questão é atravessado diariamente por cerca de 7.000 veículos, sendo ainda adjacente a uma passagem de peões, o que agrava o perigo para a população local, sobretudo crianças que frequentam a zona escolar. Apesar de sinalização vertical existente, esta revelou-se insuficiente para prevenir acidentes.
Promessas não cumpridas e apelos à ação
Desde 2010, várias visitas e estudos foram realizados pela IP, mas sem resultados práticos. Para a Junta de Freguesia, a inação compromete a segurança de toda a comunidade local e requer uma resposta imediata.
“A fase é preocupante e estamos a fazer tudo ao nosso alcance, mas a decisão final cabe à IP. Já aconteceram demasiados acidentes. Precisamos de ação agora”, concluiu José João Correia.
Este caso reforça a urgência de uma intervenção que coloque em prática medidas concretas, como redutores de velocidade ou semáforos, antes que mais vidas sejam colocadas em risco.