O distrito de Braga foi uma das poucas regiões do país a registar um aumento no número de nascimentos em 2024, com a realização de 6.288 testes do pezinho, 13 a mais do que no ano anterior. Este aumento, ainda que modesto, contraria a tendência de declínio nacional.
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em 2024 foram realizados 84.631 testes do pezinho em Portugal, um decréscimo de 1,3% em relação a 2023, o que corresponde a menos 1.133 recém-nascidos rastreados. Este decréscimo acompanha a tendência apontada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) até outubro.
A redução foi observada em cerca de dois terços dos distritos, sendo os maiores decréscimos registados em:
- Porto: menos 533 testes
- Leiria: menos 282 testes
- Açores: menos 190 testes
- Bragança: menos 100 testes
Distritos em Contraciclo
Além de Braga, outros distritos registaram aumentos no número de testes do pezinho, nomeadamente:
- Santarém: mais 96 testes
- Lisboa: mais 60 testes
- Coimbra: mais 48 testes
- Madeira: mais 32 testes
- Guarda: mais 20 testes
- Viseu: mais 16 testes
O Contexto de Braga
O aumento em Braga, embora discreto, reflete uma resiliência demográfica numa altura em que o país enfrenta desafios relacionados com o declínio populacional e baixas taxas de natalidade. O teste do pezinho, realizado entre o 3.º e o 6.º dia de vida, é um importante indicador do número de nascimentos e tem como objetivo rastrear doenças graves em recém-nascidos.
Enquanto a maioria dos distritos enfrenta quebras significativas, Braga destaca-se como um exemplo positivo, reforçando a necessidade de compreender os fatores locais que podem estar a contribuir para esta estabilidade.
