Amar e Servir Braga, PS, IL e CHEGA convocam reunião extraordinária e criticam calendário “atabalhoado” do Executivo municipal
Os vereadores da oposição na Câmara Municipal de Braga, eleitos pelo Amar e Servir Braga, Partido Socialista (PS), Iniciativa Liberal (IL) e CHEGA, requereram a convocação de uma reunião extraordinária para discutir o processo de aprovação do Plano Diretor Municipal (PDM), defendendo a necessidade de mais esclarecimentos e de um diálogo efetivo com o Executivo.
Em comunicado enviado à PressNET, o movimento independente Amar e Servir Braga, o PS e a IL consideram “necessário” que o presidente da Câmara preste explicações detalhadas sobre o PDM, cujo calendário de aprovação, segundo recordam, foi anunciado para o primeiro trimestre de 2026. O vereador do CHEGA, Filipe Aguiar, subscreveu igualmente o requerimento, reforçando o pedido de esclarecimentos e de maior diálogo institucional.
Os vereadores da oposição explicam que solicitaram uma reunião prévia ao presidente da autarquia, propondo várias datas em dezembro para uma primeira sessão de apresentação e esclarecimento do plano. No entanto, afirmam ter sido surpreendidos com a informação de que a aprovação do PDM poderá constar da ordem de trabalhos da reunião de Câmara agendada para o dia 22 de dezembro, sem que, até ao momento, tenham recebido formalmente essa ordem de trabalhos.
“No nosso entender, não é em dois dias que se informa e se decide sobre um documento estruturante como o PDM. Não existem condições para que esta votação seja realizada no dia 22”, sublinham, defendendo que o plano “é demasiado sério para o futuro do concelho” para ser aprovado “em cima do joelho”, sem discussão aprofundada e sem a procura de consensos.
Os vereadores criticam ainda a ausência de reuniões de trabalho desde a tomada de posse para debater matérias estruturais, considerando imprudente levar o PDM a votação sem um processo prévio de apresentação, esclarecimento e debate.
Nesse sentido, os seis vereadores requereram formalmente a marcação de uma reunião extraordinária do Executivo Municipal para o dia 12 de janeiro, às 09:30, com ponto único dedicado ao Plano Diretor Municipal. Defendem que este calendário permitiria uma reunião prévia de apresentação e esclarecimento do documento e um período de cerca de três semanas para análise aprofundada antes de qualquer deliberação.
“Para bem do concelho de Braga, o presidente deve recordar-se de que fomos 11 os eleitos e que é fundamental construir pontes e promover o diálogo com respeito e bom senso”, concluem, reiterando disponibilidade para um diálogo “efetivo, aprofundado e responsável” sobre o futuro urbanístico do concelho.
