Diretora-geral de Saúde desvalorizou críticas sobre a iniciativa que promete acabar com a vontade de fumar.
A campanha ‘Opte por Amar Mais”, lançada esta quarta-feira nos cinemas NOS Lusomundo e nas redes sociais, pretende chamar a atenção para o aumento do consumo do tabaco entre as mulheres mais jovens e está a gerar polémica.
Depois de Isabel Moreira ter dito que a nova campanha de luta contra o tabagismo é “inadmissível” e que a campanha devia ser retirada pelo Ministério da Saúde, Graça Freitas deu uma entrevista a desvalorizar as acusações.
“Todas as críticas são bem-vindas e, obviamente que, a pluralidade de opiniões faz parte destas campanhas. Pior era se ninguém falasse sobre ela”, disse a diretora-geral da Saúde adiantado que apenas foi escolhida uma mulher porque o alvo da campanha são as mulheres mais jovens.
“Aqui a questão é que podia ter sido escolhida uma mulher jovem como um homem idoso, só depende do grupo alvo que tem o problema. Para esta campanha foram escolhidas mulheres em idade jovem porque, de facto, há uma tendência que é contrária à tendência do resto da população e o Ministério da Saúde entende que deve informar este público alvo no sentido de travar esta tendência e invertê-la”, disse Graça Freitas adiantado que “se o grupo com mais incidência do consumo de tabaco fosse o dos homens provavelmente a personagem principal da campanha seria um homem”.
‘Opte por Amar Mais’ é um pequeno filme, escrito e desenvolvido pelas alunas de Audiovisuais da Escola Profissional de Artes, Tecnologias e Desporto, Fátima Ferraz e Beatriz Silva, e realizado pelo coordenador do curso André Badalo, que conta a história de uma mãe, interpretada por Paula Neves, com cancro de pulmão que, apesar de estar já numa fase terminal, não consegue largar o vício.
O projeto faz parte da campanha ‘Juntos contra o tabaco’ do Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde e pretende reduzir o consumo de tabaco entre as mulheres mais jovens.
