Números dos concursos de professores foram divulgados pelo Ministério da Educação. Houve 1230 vagas do concurso interno que ninguém quis
Ministério da Educação anunciou esta terça-feira a entrada de 3500 professores nos quadros. Destes, 2084 docentes vincularam pelo concurso extraordinário e 1236 entraram pela chamada norma-travão (ou seja, por terem concluído três contratos anuais e completos sucessivos).
Além disso, entram mais 121 professores pela norma-travão para o ensino artístico especializado da música e dança e 45 entram pelo concurso extraordinário para as componentes de audiovisuais e artes visuais. Ao todo entraram nos quadros, 3486 professores.
Estes concursos são lançados de qautro em quatro anos para que as escolas indiquem as suas necessidades permanentes, o que obriga à entrada para os quadros pelos concursos internos e externos (para professores nos quadros que querem mudar de zona ou escola e para professores contratados entrarem nos quadros). Podem, no entanto, ser antecipados, como aconteceu com o concurso interno, ou extraordinários, como aconteceu com o externo, segundo indica a nota do Ministério da Educação.
A tutela dá conta que, em dois anos, entraram nos quadros quase 7000 docentes.
Foram candidatos ao concurso externo extraordinário, 29 525 professores, e 38 328 ao concurso externo ordinário. O mesmo docente pode concorrer aos dois concursos. O ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues explica este elevado número de candidatos com o facto de “este ano todos os docentes se poderem candidatar às vagas, bastando ter tido contrato com o Ministério da Educação, ao contrário do ano anterior em que a própria candidatura estava sujeita a vários critérios de elegibilidade”.
Já o concurso interno aconteceu este ano antecipadamente – dado que se só se faz de quatro em quatro anos – por imposição da Assembleia da República. Apesar de ter havido 30 580 candidatos, 1230 vagas ficaram por preencher, uma vez que não foram escolhidas por nenhum dos candidatos.
Os resultados do concurso surgem num momento em que os professores mantêm um braço de ferro com o Ministério da Educação pela contabilização do tempo de serviço, durante o qual as carreiras estiveram congeladas.