Temperaturas vão estar acima dos valores médios e podem ter impacto na saúde pública e na propagação de incêndios.
A Proteção Civil reforçou as ações de monitorização da floresta, preposicionou bombeiros e envolveu os serviços municipais de Proteção Civil no aumento da prontidão, face à onda de calor dos próximos dias, que pode ter “máximos históricos”.
Perante as previsões de brusco aumento da temperatura para esta semana, que pode chegar aos 45 graus, responsáveis da Proteção Civil, da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deram nesta segunda-feira uma conferência de imprensa a alertar para a situação, mas também para tranquilizar os portugueses.
As temperaturas vão estar acima dos valores médios, que podem ter impacto em termos de saúde pública e de propagação de incêndios.
Patrícia Gaspar, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, disse que o uso do fogo terá “tolerância zero”.
Para já, até terça-feira à noite, o interior do país está em “estado de alerta especial”, e a Proteção Civil está em articulação com as Forças Armadas,o Instituto de Conservação da Natureza e a GNR em termos de patrulhamentos da floresta, para prevenir incêndios, disse Patrícia Gaspar.
A partir de terça-feira vai registar-se um aumento da temperatura, vai haver mais vento e a humidade vai ser reduzida, com valores da temperatura “muito acima dos habituais”, alertou Nuno Moreira, do IPMA.
Uma onda de calor como a que vai atingir o país nos próximos dias, com quinta-feira a ser o dia mais quente, “já aconteceu e não é novidade”, mas nalguns locais podem registar-se “máximos históricos” de temperatura, disse.
O responsável salientou que as atuais condições atmosféricas vão mudar “de forma bastante brusca” e que a situação de muito calor deve prolongar-se por pelo menos quatro dias, sendo certo que as noites serão “tropicais”, já que as temperaturas mínimas não vão baixar muito.
O IPMA colocou o continente em “aviso laranja” a partir de quarta-feira. Nuno Moreira disse que são esperadas poeiras no ar, vindas do norte de África, em particular no sul do país.
A situação, alertou Diogo Cruz, da Direção-Geral da Saúde, deve levar a população a tomar medidas de proteção, como estar em ambientes frescos, procurar manter frescas as habitações, e beber muita água, evitando o álcool.
O responsável salientou que na condução também se deve ter atenção especial ao calor e ao facto de os veículos expostos ao sol aquecerem muito, e também especial atenção às pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos, grávidas, com doenças crónicas e que vivem em locais isolados.