A reentré política em Vila Verde está ao rubro com dois casos que dominaram a semana e que prometem continuar durante as próximas, pelo menos até que os leve a espuma dos dias.

Depois do abate das árvores na Vila de Prado o tema do momento é a recolha do lixo com o vereador do Partido Socialistas (PS) José Morais a lançar críticas ao executivo do Partido Social Democrata (PSD) da Câmara de Vila Verde por alegado incumprimento das empresas que recolhem o lixo em Vila Verde.

O vereador socialista diz que, devido a denúncias sobre um “negócio de cinco milhões” entre a CMVV e a empresa ECOREDE, estava em curso uma “cilada” da oposição política para associar amontoados de lixo espalhados pelo concelho à empresa do socialista, a “Verdedata”.

Rui Silva, líder do PSD de Vila Verde, reagiu, e lamenta que José Morais não tenha aproveitado as férias para ler escritores positivistas, pedindo mesmo a demissão do líder socialista, acusando-o de “delírios, talvez pelo sol” e de “acusar os outros daquilo que verdadeiramente pratica”.

“O vereador do PS, após acusar a Câmara de uma má estratégia de recolha do lixo, vem dar razão ao aforismo popular – olha para o que eu digo e não para o que eu faço – mostrando à evidencia como não se deve atuar no periodo de recolha do lixo, deixando um amontoado de resíduos pertencentes à sua empresa num espaço não adequado”, aponta Rui Silva.

Ao Semanário V, o deputado PSD diz que o vereador socialista “andou neste verão a ler literatura de cordel sobre política” e que, depois de uma estratégia de “mentira, calúnia e política nos tribunais”, agora passa a “fazer-se de vítima e perseguido”.

Rui Silva recomenda ao vereador autores como o filósofo liberal italiano Norberto Bobbio ou o psiquiatra alemão Karl Jaspers, que, diz, “apresentam a política pela positiva e para servir as pessoas e o desenvolvimento da causa pública”.

“À imagem do seu líder em que palavra dada é palavra honrada, o vereador do PS, deveria ter a honradez de se demitir ou ter o pudor de mudar de estratégia. É que o vila-verdense comum já compreendeu que ele faz parte da comunidade e com a sua ação ajuda a termos Vila Verde cada vez mais limpo. Mas o vereador do PS afinal há tanto tempo a fazer política ainda não aprendeu as regras minímas de viver em comunidade”, finaliza Rui Silva.