O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, aceitou, esta terça-feira, o pedido de cessação da comissão de serviço do Comandante dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, Nuno Osório.

O operacional justifica o seu pedido com a “determinação em não desgastar a Autarquia e o Município da Figueira da Foz, num momento em que a união de esforços é essencial para recuperar dos danos provocados pela intempérie, e a necessidade de poder livremente exercer o direito à defesa da honra. Adiantou que “nunca esteve em causa o comando e o controlo da operação e que a sua ausência por um período de três horas, por motivos familiares e de premência de um mínimo de descanso para manutenção das condições físicas e psicológicas necessárias indispensáveis à tomada de decisões nas horas seguintes, foi devidamente preparada e acautelada.”

Por decisão do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, sob a sua coordenação enquanto responsável municipal da Proteção Civil e coadjuvado pelo vereador do pelouro das Florestas, Miguel Pereira, as funções de comando serão interinamente asseguradas pelo 2.º comandante, Jorge Piedade, e pelo adjunto de comando, Carlos Pinto.

O pedido de cessação de funções surge na sequência das notícias tornadas públicas relativas aos acontecimentos da noite de 13 de outubro, com a passagem da tempestade Leslie pelo Concelho da Figueira da Foz.

Durante a visita da ministra do mar ao porto de pesca da Figueira da Foz, João Ataíde disse aos jornalistas que o Comandante dos Bombeiros Municipais “apresentou o seu pedido de demissão, reconheceu que não tinha condições para se manter no lugar e justificou o seu ato de ausência por questões de ordem familiar”.

Questionado pelos jornalistas sobre a falta de medidas de prevenção face à tempestade, João Ataíde referiu que “não veio mal ao mundo por causa disto e felizmente correu tudo bem”, explicando que há danos que se podem mitigar, mas que os 32 milhões de euros (valor de estragos contabilizado até ao momento na Figueira da Foz) “não se conseguiam minimizar” com mais medidas preventivas, uma vez que “o mobiliário urbano não se podia retirar” na totalidade