A Câmara de Braga quer usufruir de nove mil metros quadrados de terreno pertencentes ao Hospital para concretizar o projecto do “Eco-Parque das Sete Fontes”. O executivo aprovou por maioria, um documento a ser enviado ao Ministério da Saúde onde manifesta esta intenção.
“A informação que temos da anterior gestão é que não está nos planos do Hospital de Braga fazer qualquer expansão para aquela área. No entanto, ao enviarmos esta intenção ficaremos também a saber se a nova direcção confirma ou não os planos de expansão”, começou por justificar o Presidente da Câmara.
Ricardo Rio esclareceu ainda que a autarquia quer “usufruir daquele espaço” dando contrapartidas acordadas entre as partes. “O próprio Hospital caso não aceite a nossa pretensão estará sempre condicionado na sua expansão por causa do perímetro de protecção das Sete Fontes”.
Artur Feio do PS preferia que a proposta viesse já finalizada e depois de ouvido o Ministério da Saúde. Já Carlos Almeida da CDU considera que “aquela área é central para o desenvolvimento do eco-parque” e caso haja interesse do Hospital em expandir a sua oferta, “há alternativas, nomeadamente, para Sul”.
Privados
Um dos proprietários Ermelando Sequeira foi até à reunião de câmara acusar o executivo “de falta de diálogo” e de “confisco” com a proposta que apresentou para ficar com os terrenos.
O proprietário que distribuiu um jornal pela cidade dando conta da sua versão sobre esta matéria acrescentou ainda que “a autarquia abandonou o projecto que havia” por outro “que ninguém sabe do que se trata”.
Ricardo Rio, aos jornalistas, disse que “há quem confunda falta de diálogo com aquilo que não querem ouvir”, reforçando que “a nossa proposta defende o interesse público e não aumenta a especulação dos terrenos”.
O autarca confirmou ainda que “já há negociações consistentes com outros proprietários” para se chegar “a solução que sirva os interesses de todos”.