Chamam-se Edgar os dois robôs que estão a ser testados no Hospital de Braga para distribuir refeições a doentes internados.
Este projeto é financiado pela empresa de catering que serve para o hospital e foram desenvolvidos pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).
Os robôs incluem um sistema de navegação que possibilita o desvio de obstáculos, o controlo de elevadores e dispõe de um sistema de carregamento via wireless.
Trata-se de uma aposta na inovação nos processos de logística de distribuição de refeições em ambiente hospitalar, que a empresa de catering GERTAL financiou. São protótipos flexíveis e fáceis de adaptar aos materiais e equipamentos já existentes em ambiente hospitalar e não exigem infraestrutura específica para funcionar.
Germano Veiga, investigador sénior da INESC TEC diz que as maiores vantagens são “o sistema de tração que têm que permite que se agarrem aos carrinhos já existentes através de uma adaptação mecânica mínima, pelo sistema de localização que têm e que faz com que saibam a cada instante onde se encontram, aproveitando assim ao máximo as características naturais do edifício que percorrem sem necessidade de utilizar marcadores ou fitas magnéticas” e ainda “a autonomia das baterias que apresentam”.
Os robôs incluem ainda um sistema de navegação que possibilita o desvio de pequenos obstáculos e controlo dos elevadores. Estes equipamentos estão também ligados à rede do hospital, podendo ser monitorizados em tempo real. O carregamento das baterias também é feito através de um sistema sem contacto, através da rede wireless.
Esta inovação permite melhorar a gestão da distribuição de refeições num hospital e “libertar os colaboradores das empresas de catering para outras tarefas”, diz Rosalina Telo da Gertal, a empresa que financiou os dois protótipos. Do lado do Hospital de Braga, o administrador executivo, Jorge Maia Gomes, diz que o projeto “é uma mais-valia pois contribui para uma maior eficiência de processos e permite a adaptação a outras áreas hospitalares como é o caso da rouparia, gestão de resíduos, entre outras”.
Os equipamentos estão ligados à rede do hospital, podendo ser monitorizados em tempo real.