O Ministério Público acusou de homicídio a mulher e o filho de um empresário de Vila Verde assassinado em outubro de 2017, cujo corpo foi encontrado num furgão abandonado em Palmeira, Braga.
Os arguidos estão acusados de um crime de homicídio simples agravado pelo uso de arma de fogo, de um crime de detenção ilegal de arma e de um crime de simulação de crime.
Segundo a acusação, os arguidos, após abandonarem o cadáver, participaram o desaparecimento da vítima à GNR.
O Ministério Público considerou indiciado que em 23 de outubro de 2017 o arguido, então com 20 anos, ao regressar a casa em Moure, Vila Verde, com o trator avariado, depois de ter estado a agricultar um campo, “foi verbalmente repreendido pelo seu pai, com insultos”.
Gerou-se uma “violenta” discussão entre os dois, à qual se juntou também a arguida.
O arguido foi a casa buscar uma espingarda caçadeira municiada e dirigiu-se na direção do seu pai “com intenção de o matar, passando no trajeto pela arguida, que, ficando ciente desta intenção, nada fez para o demover”, refere a nota da procuradoria. Ainda de acordo com a acusação, o arguido chegou junto do pai, que se encontrava debruçado procurando uma peça de ferramenta, visou-o com a arma de fogo e efetuou um disparo, atingindo-o no pescoço e matando-o.
De seguida, a arguida desfez-se da arma e, conjuntamente com o filho, colocou o corpo da vítima num furgão, que acabaram por deixar abandonado num descampado em Palmeira, Braga.
O corpo só foi encontrado três dias depois do crime.
O Ministério Público considerou indiciado que os arguidos “atuaram num estado de desgaste emocional motivado pelas reiteradas agressões de que vinham sendo alvo por parte da vítima, ao longo do tempo”.
O filho da vítima está ainda acusado pela prática de dois crimes de condução sem habilitação legal.
Só foi detido em setembro de 2018, porque após o crime ausentou-se para França.
A mulher já tinha sido detida em junho desse mesmo ano.