Uma ex-professora primária norte-americana foi condenada a 20 anos de prisão depois de ter confessado abusos sexuais a um aluno de 13 anos, no Estado do Arizona.

Brittany Zamora, de 28 anos, recebeu a sentença na sexta-feira, por abusar de um menor e aliciar outros. Cumprida a pena de duas décadas (à qual vão ser subtraídos os 478 dias que já passou na prisão), a antiga docente vai estar em liberdade condicional para o resto da vida e terá ainda de registar-se como agressora sexual.

“Sou uma pessoa boa e genuína que cometeu um erro e lamento profundamente”, disse Zamora, na sexta-feira de manhã, num tribunal de Maricopa, no Estado do Arizona. “Vivi a minha vida a respeitar e a tentar obedecer todas as leis. Não sou uma ameaça para a sociedade”, disse ainda a arguida, pedindo desculpas às vítimas e suas famílias, citou o jornal online local “azcentral”.

Brittany manifestou ao juiz vontade em ser acompanhada por um psicólogo e declarou que pretende fazer uma formação durante o tempo em que estiver presa, para poder seguir uma nova carreira quando for libertada. Mas fora do tribunal, numa declaração lida pelo advogado, Brittany culpou a criança de que abusou sexualmente e vitimizou-se, adianta a mesma publicação.

Fez sexo com menor na sala de aula com outro aluno a assistir

A sentença marcou o fim do caso, que atraiu a atenção internacional desde a detenção da agressora, em março do ano passado. A então docente envolveu-se sexualmente com um aluno de 13 anos, na sala de aula, na Academia de Las Brisas, cidade de Goodyear, Arizona. Numa das ocasiões, havia outro rapaz a assistir.

O relacionamento que a mulher manteve com o menor, e que durou quase três meses, até à detenção, terá começado com um pedido da arguida aos alunos para que a contactassem através de uma aplicação escolar. De acordo com o jornal “Arizona Republic”, as mensagens trocadas entre o aluno e a professora rapidamente evoluíram para um “flirt”.

Segundo disse o rapaz à Polícia, ambos tocaram-se mutuamente nos órgãos genitais, na sala de aula, enquanto outros alunos assistiam a um vídeo ou faziam trabalhos de grupo. Contou, também, que usaram o carro da mulher para praticarem vários atos sexuais. De acordo com documentos e testemunhos recolhidos pelas autoridades, Brittany e o estudante partilharam ainda várias fotos e mensagens de conteúdo sexual explícito. Na sala de aula, o rapaz deixava bilhetes de amor escritos à professora em “post-it’s” ou folhas de caderno.

Documentos e vídeos obtidos pelo jornal Arizona Republic (AR), nos EUA, mostram que Brittany Zamora se envolveu com um aluno e que ambos fizeram sexo numa sala de aula da Academia de Las Brisas, na cidade Goodyear, no estado do Arizona, nos EUA.

Numa das ocasiões em que se envolveram sexualmente havia um outro rapaz a assistir. “Foi muito desconfortável vê-los fazer aquilo”, disse à polícia o jovem, que também tinha 13 anos na altura dos factos. Terá ficado na sala para trabalhar com o amigo num projeto de ciência, quando a professora lhe pediu para vigiar enquanto fazia sexo com a vítima.

Brittany Zamora tinha 27 anos e o aluno 13, quando o caso foi descoberto, em março de 2018, após quase três meses de relacionamento amoroso que começou com um pedido da professora para os alunos a contactarem através de uma aplicação escolar. Estaria aborrecida.

A mensagem do aluno em causa rapidamente evoluiu para um “flirt”, conta o AR. A vítima disse à polícia não se lembrar de quando começou o relacionamento ao certo, apenas que terá sido algures antes do natal.

O rapaz disse, ainda, que ambos se tocaram mutuamente nos órgãos genitais, na sala de aula, enquanto outros alunos assistiam a um vídeo ou faziam trabalhos de grupo. Contou, também, que usaram o carro da professora para vários atos sexuais, à porta de casa.

Segundo documentos e testemunhos da polícia, Brittany e o aluno, cujo nome não foi divulgado, partilharam ainda várias fotos e mensagens de conteúdo sexual explícito. Na sala de aula, o rapaz deixava bilhetes de amor e paixão escritos à professora em “post-it’s” ou folhas de caderno.

Marido da professora pediu aos pais do aluno para não apresentarem queixa

Daniel Zamora, marido da professora, falou com os pais do aluno quando descobriu o caso. Pediu-lhes para ouvir a docente e para não apresentarem queixa. “Ela é boa pessoa e faz tudo para ajudar os alunos”, terá dito.

O pai do rapaz aconselhou Daniel a não se incriminar ao tentar proteger a mulher. “Ela tinha outro aluno de 13 anos a assistir àquela porcaria toda. Percebes?”, disse o progenitor, citado pelo AR. “A infância dele está destruída”, acrescentou.

Os pais do rapaz não foram sensíveis aos argumentos do marido e a professora foi detida nesse próprio dia, em março de 2018. Continua na prisão, com uma caução de 250 mil dólares (cerca de 219 mil euros), enquanto aguarda o desenrolar do julgamento.

Brittany declarou-se inocente das múltiplas acusações, que incluem abuso sexual de criança, e conduta imprópria. Deve voltar a tribunal em maio.

Os pais pediram uma indemnização de 2,5 milhões de dólares (cerca de 2,2 milhões de euros), segundo um processo cível que intentaram contra Brittany, o marido e a escola, cujo diretor começou por desvalorizar o caso quando este lhe foi contado pelo rapaz que presenciou o ato sexual na sala de aula.