Cerca de uma centena de pessoas juntou-se, esta noite de quarta-feira, numa vigília pelas vítimas de violência doméstica, na Praça da Justiça, em Braga, o local onde Gabriela Monteiro, funcionária do Theatro Circo, foi morta pelo ex-marido, há uma semana.
A iniciativa foi organizada por Anabela Ataíde, criadora do grupo no Facebook “Mulheres de Braga”, que já conta com a adesão de 6500 mulheres. “Sabemos que existe muita violência, não só de homens para mulheres, mas nada se altera e o assunto nem entra no debate político”, lamentou a bracarense, confessando que a plataforma nas redes sociais espera ser um local “de desabafo” e onde as vítimas poderão “pedir ajuda”.
“Temos pessoas que sofrem de violência e disseram que, ainda, são gozadas pelos juízes dos tribunais”, afirmou Sandra Ataíde, prima de Anabela.
Quem participou na vigília quis prestar “uma homenagem” a Gabriela e, também, alertar para o flagelo da violência doméstica. “Nem há palavras para uma morte destas”, lamentou Maria Martins, uma das participantes na iniciativa.