O Município de Braga aderiu ao programa ‘Diabetes em Movimento’, um projecto comunitário de exercício físico para pessoas com diabetes tipo 2. O projecto este mês de Outubro e prolonga-se até Junho de 2020. Durante este período, os participantes terão três sessões semanais gratuitas de exercício físico, com uma duração de 90 minutos, no Pavilhão Municipal de Lamaçães.

Em Braga, o projecto acontece em parceria entre o Município de Braga, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Braga e a União de Freguesias Nogueira, Fraião e Lamaçães. Com este programa pretende-se proporcionar à população a prática de exercício físico recomendada para o controlo da diabetes pelas principais organizações científicas internacionais, sem custos directos para os participantes.

As actividades são monitorizadas por professores de educação física e por enfermeiros, sendo que as sessões envolvem vários tipos de exercício físico (aeróbio, resistido, de agilidade e equilíbrio e de flexibilidade) mas também actividades de educação para a saúde e para a cidadania.

Durante a apresentação do projecto, que decorreu esta Terça-feira, 2 de Outubro, a vice-presidente do Município de Braga, Sameiro Araújo, referiu que as intervenções comunitárias para a promoção da actividade física “são consideradas como um dos melhores investimentos do Município para promover a actividade física na população, permitindo envolver um número alargado de cidadãos, utilizando os recursos locais já existentes e potenciando ainda a sua interligação”.

A dose semanal deste programa foi testada como ferramenta terapêutica para o tratamento da diabetes tipo 2, sendo todos os participantes acompanhados clinicamente através do controlo da glicemia capilar, da pressão arterial e da intensidade do esforço. Durante este período, decorrerão ainda actividades de educação para a saúde e para a cidadania, de forma a que, no final da intervenção, os utentes obtenham mais saúde e melhor actividade física.

Em Portugal, os números da diabetes têm vindo a crescer desde que há registos, ocupando um lugar na linha da frente dos países europeus com maior prevalência desta doença crónica, sendo que as estimativas apontam para uma prevalência entre 9,8% e 13,3% na população adulta e idosa (mais de um milhão de portugueses).

“Braga pretende constitui-se como um modelo de inspiração para o desenvolvimento e disseminação de projectos semelhantes a implementar a nível local, algo que se tem verificado nos últimos anos”, concluiu Sameiro Araújo.