O Vitória de Guimarães ascendeu hoje, provisoriamente, ao quarto lugar da I Liga, ao vencer por 2-0 na receção ao Portimonense, em encontro da 13.ª jornada.Após uma entrada forte dos minhotos, ‘coroada’ com o golo de Léo Bonatini, aos dois minutos, o duelo prosseguiu com situações de golo para os dois lados, embora nem sempre bem jogado, até Marcus Edwards selar o resultado, com um lance individual em que superou três opositores antes de finalizar, aos 61.
A equipa treinada por Ivo Vieira encerrou um ciclo de três jogos sem triunfos no campeonato e subiu, provisoriamente, do oitavo para o quarto lugar, com os mesmos 20 pontos do quinto, Sporting, que ainda joga hoje com o Moreirense, enquanto o Portimonense, que só tem uma vitória nos últimos 11 jogos, é 16.º, com 11.
Com quatro novidades face ao ‘onze’ que derrotou o Vitória de Setúbal, na quarta-feira, para a Taça da Liga – Douglas, Sacko, Pedro Henrique e Marcus Edwards -, os anfitriões instalaram-se no meio-campo algarvio logo após o apito inicial e desfizeram o ‘nulo’ em menos de dois minutos.
Olá John ganhou a bola na ala esquerda, ultrapassou dois adversários enquanto penetrava na área e atrasou a bola para o encosto decisivo de Léo Bonatini, em frente à baliza.
Os minhotos perderam ritmo após o golo, mas tiveram o jogo sob controlo na primeira meia hora, tendo ameaçado novo golo em lances de contra-ataque que terminaram com remates de Rafa Soares, aos 24 e 27 minutos, e de João Carlos Teixeira, aos 33, todos eles travados por Ricardo Ferreira.
O Portimonense, contudo, melhorou gradualmente e ameaçou pela primeira vez o golo num cabeceamento de Jackson Martínez a rasar o poste esquerdo, aos 25 minutos.
Capaz de trocar a bola no meio-campo adversário, a equipa treinada por António Folha bloqueou cada vez mais as tentativas de contra-ataque do Vitória e acabou o primeiro tempo por cima, com um golo a ser anulado a Jackson Martínez, por fora de jogo milimétrico, ao minuto 37.
Os minhotos quiseram recuperar dinâmica no início da segunda parte, tendo ameaçado o golo num remate de Pêpê, aos 47 minutos, mas a equipa de Portimão ripostou’ de imediato, com Douglas a ter de sair rapidamente da baliza, aos 55, para impedir o empate a Jackson Martínez, jogador que saiu lesionado três minutos depois.
A equipa de Guimarães precisou, contudo, de pouco tempo para ficar em situação mais confortável, graças à inspiração individual de Marcus Edwards: o extremo inglês ultrapassou três defesas algarvios e desviou a bola do alcance do guardião contrário, com uma finalização subtil.
Até ao fim, a turma de Portimão continuou a tentar o golo de honra e esteve perto de o fazer num cabeceamento de Aylton Boa Morte, aos 69 minutos, enquanto os vimaranenses definiram mal inúmeros contra-ataques e não avolumaram o resultado.
Declarações de Ivo Vieira, treinador do V. Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo (2-0) frente ao Portimonense:
«É fundamental bem entrar bem no jogo. O meu desejo era que isso se mantivesse setenta ou oitenta por cento da partida e não foi isso que aconteceu. O jogo ficou muito equilibrado frente a uma equipa que considera um dos melhores planteis do campeonato. O Portimonense tem boas individualidades e sabia que nos ia trazer dificuldades. Conseguimos anular o que era a mais-valia do Portimonense, não permitimos jogo interior e oportunidades em jogo jogado. Era fundamental ganhar para somar pontos. Não posso dizer que estou realizado pelo jogo que fizemos, mas acredito que se pode ganhar com mais consistência».
Declarações de António Folha, treinador do Portimonense, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (2-0) frente ao V. Guimarães:
«O golo cedo não condicionou a estratégia, porque a mantivemos, mas condiciona a entrada em jogo quando se sofre daquela maneira. Não tirando mérito à jogada, podíamos ter evitado. A equipa reagiu e tentou manter a sua identidade, tivemos um ou outro lance em que podíamos ter empatado, mas cometemos alguns erros com bola. A equipa não se preparou bem para a transição e deixou alguns jogadores soltos entre linhas. Podiam até ter feito um ou outro golo. Na segunda parte entrámos bem mas sofremos mais um golo que não deveria ter acontecido. Não tirando mérito a quem os fez, na minha opinião são dois golos evitáveis. Estamos tristes mas vamos continuar a trabalhar para voltar às vitórias».
[Espera pelo VAR] «Já tinha acontecido no Algarve, mas aqui é por porque faz mais frio. Não posso mentir ao meu coração: tomou-se a decisão correta, se estava fora de jogo que se espere. Mas que se espere e que se decida bem, sempre. Sempre com os olhos bem abertos. Já vi golos anulados porque os jogadores não cortaram as unhas mas também já vi golos mesmo com unhas. O golo está fora de jogo; ponto. Mas tem de se acertar sempre, como já não aconteceu. Tem de se decidir sempre bem, nem que se espere dez minutos».
veja aqui os melhores momentos do jogo: