O Centro Juvenil de São José, em Guimarães, inaugurou, esta terça-feira, novas instalações para prestar “serviço especializado” vocacionado para a “prevenção e reparação” de situações familiares “complexas” através do “desenvolvimento de competências parentais, pessoais e sociais”
A associação, que conta com 104 anos de existência, presta já apoio a cerca de 70 famílias através do Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP), sendo que com as instalações hoje inauguradas a instituição fica com capacidade de ajuda para 80 famílias.
A CAFAP, resumiu, no discurso que assinalou a inauguração das novas instalações, o presidente do Conselho de Administração do Centro Juvenil de S. José, Fernando José Duarte Xavier, “presta um serviço de apoio especializado às famílias com crianças e jovens, vocacionado para a prevenção e reparação de situações de risco psicossocial, mediante o desenvolvimento de competências parentais, pessoais e sociais das famílias”.PUBLICIDADE
Em declarações à Lusa, o diretor executivo da instituição, Tiago Borges, apontou que a valência presta ajuda em três modalidades: “Preservação familiar, reunificação familiar e ponto de encontro familiar”, enumerou.
Segundo este responsável, “na modalidade de preservação familiar, a CAFAP ajuda no desenvolvimento de capacidades de parentalidade, estabelecimento de laços, limites, entre outras competências, já na modalidade de reunificação familiar o trabalho é feito para ajudar a curar feridas, são famílias muito sofridas que passaram por separação das suas crianças, é preciso uma restruturação e adaptação a uma nova realidade e no ponto de encontro funcionamos como lugar neutro para pais visitarem os filhos quando o tribunal indica que tem que haver um acompanhamento nessas visitas”.
A funcionar há um ano, o balanço que o responsável faz do trabalho da CAFAP de Guimarães é “muito positivo”.
“A aceitação da nossa ajuda é grande e a procura surpreendente, também. Ao contrário do que se possa pensar, grande parte das famílias que aqui ajudamos são de uma classe média alta e relativamente jovens, na casa dos 30 mas numa situação familiar muito complexa”, apontou.
As famílias chegam à instituição, explicou, “através de indicação da Segurança Social, do Tribunal escolas, hospitais, centros de saúde, havendo entre a instituição e todos estas entidades uma grande colaboração”.
A instituição tem ainda em funcionamento uma creche, desde 2012 e uma casa de acolhimento, desde 1915.
As novas instalações foram financiadas por dois prémios ganhos pela instituição, o Prémio BPI “la Caixa” – Infância 2019, Família em Foco, de 40 mil euros e pelo Prémio Valor Social 2019 – Fundación CEPSA, 12 mil euros.