O Grupo Continental decidiu, esta quarta-feira, parar grande parte das linhas de produção face à crescente expansão do novo coronavírus em Portugal, foi hoje anunciado.
Em comunicado interno, a que O MINHO teve acesso, a administração revela novas medidas no plano de contingência em vigor, das quais se destacam a interrupção da laboração a partir de 22 de março, durante duas semanas. A medida afecta cerca de 3.400 colaboradores pertencentes ao universo Continental.
Segundo a mesma nota interna, a empresa irá acionar os créditos de férias de anos anteriores, débitos de horas extraordinárias existentes, majoração de férias do ano em curso e férias do ano em curso, por essa ordem, e dependendo do tempo em que a empresa estará parada, para assegurar os pagamentos no tempo em que ficam em casa.
A administração refere que esta medida de executar os pagamentos serve para “reduzir potenciais efeitos negativos na remuneração, como o lay off“.
Há, todavia, trabalhos que têm de ser assegurados, refere a empresa, estando já em curso a definição por parte de cada direção e equipa, nomeadamente nas áreas de recursos humanos, gestão de remuneração, tesouraria e logística, entre outras.
É também referido que os trabalhadores que já se encontravam em teletrabalho, face às medidas iniciais do plano de contingência face à Covid-19, também interrompem a laboração e passam a ficar abrangidos pelas mesmas normas hoje decretadas, no que toca à remuneração.
Em 2018, o Grupo Continental em Portugal (que engloba a Continental Mabor, Continental Pneus, Continental Indústria Têxtil do Ave, Continental Lemmerz e Continental Teves e a recente Continental Advanced Antenna) tinha no seu quadro permanente cerca de 3.400 colaboradores, tendo faturado 1.236 milhões de euros.