Graça Freitas afirmou que o SNS uma “malha muito larga” para identificar casos suspeitos de coronavírus, porque prefere apanhar “muitos casos que não sejam positivos a deixar passar um caso positivo”.
Nos últimos dois dias apareceram no relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) mais 35 mil casos suspeitos. A diretora-geral Graça Freitas abordou o tema, na conferência de imprensa desta segunda-feira, atribuindo os números “à malha larga” utilizada pelas autoridades de saúde, mas não explicando o que justifica o disparo dos valores desde o fim de semana.
“Neste momento utilizamos no SNS uma malha muito larga. Preferimos apanhar muitos casos que não sejam positivos a deixar passar um caso positivo. Todas as pessoas que ligam para o SNS 24 e que apresentam sintomas, mesmo que sejam ligeiros, ficam como suspeitos. Depois são contactados por um médico, são testados e acabam por ser negativas. Mas é uma estratégia do nosso país captar o máximo possível de pessoas suspeitas para fazer o teste”, explicou.
Graça Freitas não indicou razões para a variação dos últimos dias, uma vez que se deduz que a estratégia das autoridades não se tenha alterado nas últimas 48 horas.
Já no domingo, a Renascença tinha questionado a DGS sobre o aumento de 24.893 no número de casos suspeitos e de 24.570 de casos não confirmados em relação ao boletim de do dia anterior.
Hoje o valor volta a dar um salto com mais 10.749 pessoas suspeitas a entrar para a base de dados da DGS.