Ricardo Rio ‘atira-se’ a Centeno: PPP causou 12 milhões de prejuízo a Braga nos últimos três anos

O presidente da Câmara de Braga voltou, esta madrugada, na Assembleia Municipal, a criticar o anterior Ministro das Finanças, Mário Centeno, por não ter permitido a reversão da “ruinosa” PPP da SGEB-Sociedade Gestora dos Equipamentos de Braga, a que construiu os relvados sintéticos, o que lhe traria uma poupança, nos últimos três anos, de 12 milhões de euros.

Ricardo Rio lembrou, ainda, e a propósito das críticas da oposição, PS, CDU e BE, sobre falta de investimento no concelho em 2019, que, desde 2013, a Câmara já pagou 90 milhões de euros – verba que corresponde a um ano de orçamento – de encargos que não criou e que herdou do anterior mandato do PS, liderado por Mesquita Machado.

O autarca manifestou-se, ao contrário, orgulhoso do trabalho feito em 2019, em todas as áreas de atividade, tendo-o feito sem aumento de impostos sobre os munícipes.

A oposição, pela voz de Pedro Sousa, do PS, de Pedro Casinhas, da CDU e de Alexandra Vieira, do BE criticaram o que disseram ser um crescimento “preocupante” da dívida de curto prazo, uma “gritante” falta de investimento em novos projetos e uma fraca execução de obras, com consequências negativas na entrada de fundos comunitários.

Abordaram, ainda, alegadas promessas incumpridas da maioria, como a da gestão da mobilidade – com destaque para as ciclovias que não avançaram -, o não-arranque do parque urbano das Sete Fontes, o dossier da fábrica Confiança, a ausência da Feira do Livro e os conflitos com os feirantes do mercado.

O socialista Pedro Sousa atacou a dívida de oito milhões a fornecedores, o facto de a carga fiscal atingir 50 por cento da receita e o facto de o ROC (Revisor Oficial de Contas) ter posto reservas às contas de 2019.

Lamentou, ainda, os atrasos que se verificam na apreciação de projetos na Divisão de Urbanismo e disse que a anterior gestão socialista se baseava no princípio de “máximo endividamento, máximo investimento”.

Um ponto em que foi rebatido por João Marques, do PSD, que, face aos resultados negativos em obras como as do estádio ou da PPP da SGEB, contrapôs que tal política foi de “máximo endividamento, máxima irresponsabilidade”.

Já a CDU e o BE criticaram, em particular a falta de uma política da habitação social.