Portugal regista hoje mais 91 mortos e 3.996 novos casos de infeção por covid-19, em relação a domingo, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
2.063 dos novos casos são no Norte.
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 225.672 casos de infeção confirmados e 3.472 mortes.
Foram registados 142.155 recuperados, mais 3.560 nas últimas 24 horas.
No entanto o número de novos casos de infeção pelo SARS-Cov-2 diminuiu entre a primeira e segunda semana de novembro em 16 concelhos do Norte, seis dos quais no distrito do Porto, revela um relatório da Administração Regional de Saúde.
documento, a que a Lusa teve hoje acesso, reporta a evolução epidemiológica nos concelhos da região Norte entre a última semana de outubro [25 a 31 outubro] e a segunda semana de novembro [08 a 14 novembro].
Dos 16 concelhos da região Norte que registaram uma diminuição do número de novos casos de infeção, seis situam-se no distrito do Porto: Amarante (-6% de crescimento), Lousada (-17%), Matosinhos (-14%), Paços de Ferreira (-34%), Paredes (-17%) e Porto (-7%).
Destes concelhos, Paços de Ferreira foi o que registou a maior redução, sendo que o número de novos casos passou de 1.202 na primeira semana de novembro para 798 na segunda semana, de acordo com o relatório da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N)
A Paços de Ferreira, sucede-se Lousada, onde o número de novos casos passou de 894 para 745 entre as duas semanas, e Paredes, que passou de 1.007 casos na primeira semana de novembro para 831 casos na segunda.
Paços de Ferreira e Lousada foram, juntamente com Felgueiras, os primeiros concelhos do país a ficar semiconfinados na segunda vaga da pandemia.
Para estes municípios da zona do Tâmega e Sousa, o Governo decretou, a partir de 23 de outubro, o dever de permanência no domicílio, a proibição de quaisquer celebrações e eventos com mais de cinco pessoas (salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar), bem como a obrigatoriedade de os estabelecimentos encerrarem às 22:00, com algumas exceções.
De acordo com o relatório da ARS-N, o concelho de Felgueiras registou um crescimento de 9%, passando de 642 novos casos na primeira semana de novembro para 701 novos casos na segunda semana.
No distrito de Braga, o único concelho que acompanhou a tendência de decréscimo de novos casos foi Vizela, com uma redução de 1%, passando de 373 novos casos para 369.
Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira foram os municípios do distrito de Viana do Castelo que registaram um decréscimo, sendo que o mesmo se fixou nos 10%, 36%, 35% e 29%, respetivamente.
Também em Bragança, os concelhos de Carrazeda de Ansiães e Miranda do Douro acompanharam esta tendência, com os novos casos a registarem uma redução de 44% e 28%.
Já em Vila Real, os concelhos de Murça (-73% de crescimento) Peso da Régua (-23%) e Sabrosa (-19%) também registaram uma diminuição do número de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2.
De todos os distritos abrangidos pela ARS-N, o distrito do Porto foi o único que não registou um crescimento de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, mantendo-se o crescimento nos 0%.
Os restantes cinco distritos — Aveiro [seis concelhos abrangidos pela ARS-N], Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real — continuam a registar um crescimento do número de novos casos.
Os 191 concelhos abrangidos pelas medidas mais restritivas do Governo devido ao Estado de Emergência iniciado a 09 de novembro têm mais de 240 casos de infeção pelo novo coronavírus por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Este critério foi definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, havendo uma exceção para surtos localizados em concelhos de baixa densidade.
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório Nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos, foi implementado o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00, e entre a partir das 13:00 dos fins de semana.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.319.561 mortos resultantes de mais de 54,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.472 pessoas dos 225.672 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.